quinta-feira, 10 de abril de 2014

Livro tenta explicar mito em torno de Kurt Cobain, 20 anos após sua morte

Kurt Cobain em foto de 1993
(Foto: AP Photo/Mark J.Terrill)

Há 20 anos, o Nirvana perdia sua voz. No dia 8 de abril de 1994, o líder e vocalista da banda, Kurt Cobain, foi encontrado morto na estufa de sua casa, em Seattle, nos Estados Unidos. Para explicar o fenômeno e mostrar o que aconteceu nas duas últimas décadas no mundo pop, o jornalista Charles Cross lançou ‘Kurt Cobain: a construção do mito’. "Não é mais uma biografia. Ele tenta situar Cobain não só na cena que ele viveu, como o que aconteceu de lá para cá", aponta Tom Leão.

Segundo o o comentarista de cultura do Estúdio i, o líder do Nirvana foi o último grande ídolo do rock. "De lá para cá, não apareceu ninguém parecido com ele. Nem chegou perto", avalia. Dividido em seis partes, o livro analisa a influência da banda em toda uma geração. Cross destaca ainda que a indústria da moda buscou formatar o estilo grunge: casacos que custavam US$ 10 eram replicados por Marc Jacobs por US$ 600.

O Nirvana também impactou a economia. A empresa que fabricava os desodorantes para garotas ‘Teen Spirit’, cujo nome é mencionado no título do maior hit da banda, foi comprada apenas para controle da marca. Até o tênis favorito de Kurt, o All Star, foi influenciado. A Nike comprou a Converse. Em 2006, o líder do Nirvana foi a celebridade morta que mais faturou; segundo a revista ‘Forbes’, foram US$ 50 milhões.

Tom Leão destaca ainda que o livro de Cross conta detalhes do histórico de suicídios na família do vocalista: dois tios se suicidaram e um avô tirou a própria vida diante da família durante um jantar. Associa-se a isso o envolvimento com drogas pesadas, como a heroína. De acordo com os especialistas que Cross ouviu para escrever o livro, Kurt já havia tentado se matar outras vezes e tido algumas overdoses por nunca ter se sentido confortável no papel de ídolo do rock.

Fonte: Globo News

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Extraordinário - R.J. Palacio



O que teria de tão extraordinário em um garotinho comum, vivendo em uma casa comum, com uma família comum? Absolutamente tudo. Auggie Pullman nos ensina em 320 páginas que, por mais diferentes que sejamos, todos somos seres extraordinários. Basta olhar o mundo através de uma ótica de amor e gentileza.

Quando August nasceu, foi diagnosticado com várias síndromes e deformações faciais. Ao longo de sua pequena vida, enfrentou muitas cirurgias e tratamentos dolorosos, mas o que mais machucou o coração do nosso pequeno guerreiro foi a indiferença e o olhar enojado de pessoas ignorantes. Os pais de Auggie o criaram cercado de carinho e superproteção, e a irmã mais velha dele, a Via, sempre colocou os problemas do irmão como prioridade. Quando completou 10 anos seus pais decidiram que era hora do menino encarar o mundo e frequentar a escola, como um cordeiro pronto para o abate!

Foi um ano difícil e tumultuado. Primeiro pelos olhares e pela falta de contato físico com os colegas, depois pela imaturidade do Auggie ao encarar as novidades, mas no final todo mundo acaba se surpreendendo com a coragem do menino. A trama toda é basicamente narrada por ele, mas Palacio também expõe a perspectiva de alguns personagens importantes na história, como a Via, o Jack, a Summer, a Miranda e o Justin.

Extraordinário deveria ser leitura obrigatória! É importante debater o tema do preconceito, principalmente porque muitas crianças acabam sendo "más" com as outras por falta de diálogo e orientação dos pais. Os próprios adultos não percebem que um olhar diferente, uma expressão de repulsa, mesmo que pequena, pode ferir para sempre um indivíduo considerado "diferente". Por mais que não tivesse um rosto bonito, Auggie conquistou amigos e o respeito dos professores pelo seu comportamento corajoso e gentil. Um menino extraordinário, com uma família e amigos extraordinários!

terça-feira, 25 de março de 2014

Livro novo de Ariano Suassuna resgata manuscritos inéditos de 1981

(Foto: Reprodução/TV Globo)

Manuscritos que começaram a ser escritos há mais de 30 anos por Ariano Suassuna vão virar livro. O escritor está finalizando "O Jumento Sedutor", obra que ainda não tem data prevista de lançamento. Em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta sexta-feira (21), Ariano revelou alguns detalhes sobre o trabalho.

Além de escrever, o autor também ilustra a história, uma vez que divide o amor pela literatura com as artes plásticas. "Fiz um pouco de desenho, de pintura, de escultura, de música... Cheguei a estudar piano. (...) Depois resolvi... 'Vou me dedicar à literatura', mas nunca deixei de dar minhas escapadinhas nas outras [artes]", conta.


"Neste livro novo eu estou tentando, pela primeira vez, fundir meu romance, meu teatro e minha poesia", disse Ariano, que não revelou detalhes sobre o enredo, pois prometeu ao editor que deixaria essas informações para o lançamento do romance. O livro está em fase de finalização. A editora ainda não tem data certa para lançamento.

"Eu só tenho prazer de escrever à mão. Eu acho uma forma meio desumana... Escrever com o computador? Não gosto nem de ver a palavra corrigida, colocada", explicou o autor.

Ele começou a trabalhar em "O Jumento Sedutor" em 1981. Já estava pronto, mas o autor resolveu escrever um pouco mais. "Quando eu termino e acho que posso render mais, eu paro e reescrevo. Volto para o começo e reescrevo. Minha mulher fica ‘aperreada’, coitada. Ela disse outro dia que ia tomar meus manuscritos e mandar para o editor".


Fonte: G1 Pernambuco 

terça-feira, 18 de março de 2014

O Príncipe da Névoa - Carlos Ruiz Zafrón



O medo e os prejuízos causados pela guerra levaram Maximilian Carver a se mudar com toda a família para uma casa abandonada perto da praia, num vilarejo às margens do Atlântico. A velha casa havia pertencido a uma família inglesa que deixou um rastro de dor e mistério para os novos moradores.

Logo nos primeiros capítulos, os irmãos Max e Alicia percebem o clima macabro que há em volta de um jardim de estátuas que fica nos fundos do terreno. Um palhaço sinistro, um gato com olhos bicolores e os filmes antigos de um menino morto dão forma a trama de suspense que se desenrola em um desfecho surpreendente. Em O Príncipe da névoa conhecemos a história de como Max, Alicia e Roland descobriram a magia.

Gosto muito do estilo do autor e fiquei curiosa para conhecer os dois volumes restantes da Trilogia da Névoa. É uma edição fininha e de preço honesto, acho que vale o investimento se você estiver procurando algo bacana para ler e que não tome muito seu tempo. O mais legal das obras do Zafrón é que, apesar de direcionadas ao público infanto-juvenil, acabam sendo uma ótima leitura para os adultos também. A narrativa é simples, direta e cativa o leitor.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O fetichismo da literatura

Por Filipe Larêdo

Há algumas décadas, as pessoas (especialmente as que gostavam de escutar músicas em suas vitrolas ou toca-discos) foram convencidas pelo mercado fonográfico a abandonar seus LP’s para comprarem o que havia de mais novo na tecnologia: os CD’s.

O que se viu então foi um descarte em massa de antigas coleções de discos de vinil, já que a forma revolucionária de escutar música ia dominar o mercado sonoro. Por todos os cantos, pessoas decepcionadas com o arcaísmo e empolgadas com a boa nova que lhes prometia maravilhas eternas descartavam seus bolachões a preço de banana ou até mesmo de graça.



Mas, como podemos constatar hoje, a promessa das grandes produtoras e gravadoras deu certo por um tempo, mas aos poucos foi se esvaziando até alcançar o cenário de compartilhamento gratuito de música via internet.
Apesar de ter dado essa pequena volta no começo do texto, cujo título aponta para o fetichismo na literatura, ainda quero mostrar um outro personagem cultural que também recebeu seu baque no decorrer da história recente: os filmes.
Logo após o começo da crise no mercado fonográfico, a vítima da vez seriam as fitas de videocassete, que, para resumir, também foram substituídas (primeiro pelos VCD’s e, depois, em definitivo, pelos DVD’s e discos de Bluray). Porém, assim como as vendas de CD’s, essa nova mídia para vídeos também sofreu graves abalos nos últimos anos. Os DVD’s seguiram o mesmo curso quando filmes passaram a ser adquiridos de graça na internet.
E a nova especulação digital é o objeto que vem insistindo em permanecer fiel ao seu formato tradicional: o livro.
O mercado está capitaneado por grandes corporações de produtores de equipamentos eletrônicos e, apesar da forte pressão exercida para que as pessoas troquem definitivamente o livro impresso pelo virtual, os usuários — que normalmente são os consumidores finais conhecidos carinhosamente pela alcunha de “leitores” — parecem não querer se render com tanta facilidade a esse capricho corporativo (leia-se “fatia de mercado”) e mantêm seu apego a diversas características que compõem o livro tradicional.
E por qual motivo isso acontece?
Leitores de livros já estão “escaldados”
Por questões de consumo de mídia, existe uma escala de facilidade entre as que citei nos parágrafos anteriores.
Com o tempo médio que varia entre dois e três minutos, a música pode ser considerada como a “estrutura” de mais fácil consumo. Além disso, para ser escutada, ela não precisa da total atenção da pessoa, que pode fazê-lo ao dirigir, conversar, dançar e até jogar futebol. Então, se a música tem esse tempo relativamente curto e o descompromisso de dedicação, um disco inteiro pode ser escutado em um intervalo de uma ou duas horas.


Logo em seguida, aparece o audiovisual, mais comumente representado pelo filme. Com praticamente a mesma média de duração de um disco, ele também não demanda muito tempo do consumidor. Porém, para a experiência ser completa, é necessário mais concentração, de modo que o consumo seja sequencial.
Por último aparece o “agressivo” e “egoísta” livro. O nosso tão querido livro só quer a atenção para ele e, para muitos usuários, até pequenas distrações são desastrosas para o entendimento do assunto tratado. Para se ler um livro, são necessárias inúmeras condições, mas a principal delas é tempo de concentração e contemplação.
Ao observar dessa maneira, parece até natural que a grande revolução propagandeada pelas corporações tenha começado pela música e queira terminar lucrando com a disponibilidade de livros eletrônicos. Entretanto, os consumidores de livros, mesmo que subconscientemente, já estavam escaldados, pois passaram pela mesma experiência quando se desfizeram de suas antigas coleções de vinil para comprar CD’s.
Por isso, não foram alvos tão fáceis de convencimento. E tudo por que ninguém contava com um detalhe muito importante: o fetichismo da literatura.
O livro como fetiche
Fetiche” tem origem do latim facticius, cujo significado remete a “articifial, fictício”. Suas variações se encontram na mesma base da palavra “feitiço”. Ele seria, então, um objeto no qual se atribuem poderes sobrenaturais ou mágicos, normalmente carregados de energias espirituais e/ou totêmicas.
Apesar de alguns pensadores terem formulado suas teorias fundamentando o fetiche sob a visão negativa de dominação, o aspecto que quero abordar aqui independe de valores morais, considerando apenas a “aura” (negativa ou positiva) que o livro carrega consigo.
Uma prática bastante recorrente dentre usuários literários é citar o crescimento exponencial de suas pilhas de leituras pendentes. Isso acontece porque, muitas vezes, a distância entre livros comprados e livros efetivamente lidos é grande. E são diversos os motivos que fazem as pessoas quererem ter livros em suas casas, mesmo não tendo tempo para lê-los.


Obs: a foto acima saiu da publicação da revista Casa Vogue “10 casas ideais para amantes de livros“.
Um deles pode ser o legítimo interesse na leitura, que muitas vezes encontra obstáculos e impede o indivíduo de completar ou até iniciar o consumo; a pessoa compra o livro e, por algum contratempo, se vê impedida de ler.
Outro motivo pode ser o fato de que, quem tem livros em casa, parece ser mais inteligente. Nesse caso, a pessoa nem precisa ler, pois seu real interesse é mostrar que é culta por meio de sua estante abundante de livros. Então ela compra inúmeras coleções e títulos que enriquecem o seu arsenal e, quando uma visita aparece em casa, o proprietário tem orgulho de mostrar.
Muitos outros motivos podem ser citados, porém a aura fetichista do livro quase sempre é a condutora do comportamento. Mesmo aqueles que não têm o hábito de comprar muitos livros já tiveram essa experiência.
Quer um exemplo? Livros religiosos.
Certa vez, conversando com um amigo editor (que foi responsável pela produção de um livro religioso que se tornou um campeão de vendas alguns anos atrás), fiz a seguinte pergunta: “cara, que legal esse livro ter vendido uma quantidade tão grande (milhões) de exemplares, né? Assim teremos um aumento bem grande na quantidade de livros lidos pelos brasileiros”.
Ele me respondeu: “você acha que todas as pessoas que compraram o livro vão ler? Aí é que você se engana”.
Foi então que ele passou a me explicar que dificilmente uma pessoa comprava apenas um livro em uma tarde de autógrafos. Normalmente comprava entre cinco e dez livros. E por que faziam isso? Porque, na verdade, não estavam lá apenas por causa da leitura, mas sim para conseguir um autógrafo do autor — que era uma famosa personalidade religiosa — e, assim, ou poder colocar o livro em um lugar especial da casa (quase como uma relíquia sagrada) ou dar de presente para um parente enfermo com o intuito de curá-lo.
Foi a partir dessa conversa que passei a pensar cada vez mais profundamente nesse aspecto fetichista do livro. Para uma parcela daqueles milhões de compradores do livro, o potencial dele não era necessariamente literário. Era mágico. O livro tinha o poder de abençoar a casa e curar. Era como se o religioso autor depositasse energias espirituais no objeto, tornando-o um fetiche totêmico.
Dono de um poder único, o livro é uma plataforma que encanta seus usuários, principalmente depois que adotou o formato que hoje conhecemos. Esse modelo, unido ao desenvolvimento tecnológico, permitiu que as pessoas se apaixonassem pelo cheiro do livro, por uma capa maravilhosa, por um acabamento gráfico especial etc.
Cada um desses pontos contribui para que as pessoas se apeguem ao objeto como se ele tivesse vida, como se realmente tivesse uma aura mágica.
Talvez, essa seja uma das razões para explicar como toda a pressão das grandes corporações para substituirmos nossos livros de papel por livros eletrônicos não esteja dando resultados tão rápidos e eficazes quanto como aconteceu com os vinis algumas décadas atrás.
Você, por exemplo, como trata os seus livros? Como consome literatura hoje em dia e, mais importante, há algum livro na sua casa com essa “aura especial”, essa coisa de gostar ou querer expôr para outras pessoas?


Fonte: http://papodehomem.com.br/

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Água para elefantes – Sara Gruen



Em Água para elefantes somos transportados para o universo dos circos norte-americanos na década de 30 através das memórias de Jacob Jankowski, um homem na casa dos 90 que após a morte da esposa acaba sendo internado pelos filhos em uma casa de repouso para idosos. É apaixonante o estilo narrador-personagem e a maneira de poder enxergar o ponto de vista de um mesmo indivíduo em dois momentos diferentes de sua vida foi uma experiência divertida.

Apesar da idade avançada e da falta de rigidez nos músculos, Jacob ainda anseia liberdade e luta diariamente para manter a mente sã, longe dos algozes da velhice. Após a chegada de um circo próximo ao terreno da casa de repouso, velhos fantasmas começam a interferir na rotina dele. Entre um cochilo e outro conhecemos a história do jovem Jankowki, estudante de medicina veterinária em uma universidade conceituada dos Estados Unidos. Com a morte dos pais em um acidente de carro e a perda de todos os bens da família para o banco, ele acaba largando a faculdade sem fazer a última prova para conseguir seu diploma e embarca sorrateiramente em um dos vagões do circo Irmãos Benzini: O maior espetáculo da terra.

Sara Gruen nos presenteia com uma história de amor entre humanos e animais. Em meio a tanta maldade daqueles que trabalham à frente do espetáculo, existe cumplicidade, gente ajudando sem pedir nada em troca e a lealdade dos animais. Desde Bobo, o orangotango, até a doce Rosie, a elefanta burra que de burra não tem nada. O amor de Marlena e Jacob, e o amor com que os dois cuidam desses animais, são bem mais forte do que as artimanhas do velho Tio Al e August.

Gosto da simplicidade do livro e da sensação de fechar os olhos e conseguir ver nitidamente o que é descrito pelo senhor Jankowski em seu relato cheio de saudade. Gosto da riqueza de detalhes, da fluidez nas palavras e da personalidade do personagem principal e apesar das críticas negativas que ouvi e li por aí, também gosto do filme! O longa estrelado por Robert Pattinson e Reese Whiterspoon foi lançado em 2011 nos Estados Unidos.





quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A garota que eu quero - Markus Zusak



Termino de ler A garota que eu quero um tanto decepcionada. Eu comprei o livro sem saber que se tratava de uma trilogia e acho que isso pesou muito na hora da leitura. A descontinuidade da história, a falta de informações, que devem ter sido dadas nos volumes anteriores, fez falta para mim. Entendam, A garota que eu quero é o terceiro livro da trilogia Irmãos Wolfe, distribuído pela Editora Intrínseca. Antes dele vieram O azarão e Bom de briga, sendo que estes últimos foram publicados por outra editora, a  Bertrand. Não havia nenhuma indicação na capa do livro avisando que se tratava de uma trilogia, e sinceramente, fiquei bem chateada quando descobri.

Sobre o livro:

Cameron tem 15 anos e é o mais novo de três irmãos. A história da família Wolfe é contada através de sua visão tímida e cheia de verdades. Zusak expõe a alma do garoto no papel. Todos os desejos, pensamentos, sentimentos e a fome do Cam são palpáveis ao leitor. É um relato honesto e a relação dele com os irmãos mais velhos é, na minha opinião, o ponto forte da obra.

Apesar de tudo ir bem em casa, faltava alguma coisa na vida do Cam. Na verdade faltava uma pessoa, uma garota em que pudesse se afogar, como ele mesmo cita em um trecho do livro, dentro da alma dela, tratá-la bem, amá-la... revelar suas palavras tão preciosas, escritas de forma despretensiosa na cabeceira de sua cama. Durante muito tempo ele acreditou ter cruzado com essa pessoa, mas é quando conhece Octavia, uma das ex-namoradas de seu irmão Rube, que ele passa a ter certeza de que encontrou a garota certa.


A ideia do livro é bacana, mas o enredo deixa um pouco a desejar. Talvez eu tenha criado uma certa expectativa em relação à trama, já que Makus Zusak também escreveu "A menina que roubava livros", um dos meus favoritos. De certa forma, isso contou muito na hora de comprar esse livro. Senti falta da pluralidade na linguagem do autor, acho que pode ser uma dica bacana para a garotada ler nas férias, mas não indico aos mais crescidinhos.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Sociólogo indica 10 livros para conhecer o Brasil


(Foto: Divulgação ) 


Quando nos pedem para indicar um número muito limitado de livros importantes para conhecer o Brasil, oscilamos entre dois extremos possíveis: de um lado, tentar uma lista dos melhores, os que no consenso geral se situam acima dos demais; de outro lado, indicar os que nos agradam e, por isso, dependem sobretudo do nosso arbítrio e das nossas limitações. Ficarei mais perto da segunda hipótese.

Como sabemos, o efeito de um livro sobre nós, mesmo no que se refere à simples informação, depende de muita coisa além do valor que ele possa ter. Depende do momento da vida em que o lemos, do grau do nosso conhecimento, da finalidade que temos pela frente. Para quem pouco leu e pouco sabe, um compêndio de ginásio pode ser a fonte reveladora. Para quem sabe muito, um livro importante não passa de chuva no molhado. Além disso, há as afinidades profundas, que nos fazem afinar com certo autor (e portanto aproveitá-lo ao máximo) e não com outro, independente da valia de ambos.

Por isso, é sempre complicado propor listas reduzidas de leituras fundamentais. Na elaboração da que vou sugerir (a pedido) adotei um critério simples: já que é impossível enumerar todos os livros importantes no caso, e já que as avaliações variam muito, indicarei alguns que abordam pontos a meu ver fundamentais, segundo o meu limitado ângulo de visão. Imagino que esses pontos fundamentais correspondem à curiosidade de um jovem que pretende adquirir boa informação a fim de poder fazer reflexões pertinentes, mas sabendo que se trata de amostra e que, portanto, muita coisa boa fica de fora.

São fundamentais tópicos como os seguintes: os europeus que fundaram o Brasil; os povos que encontraram aqui; os escravos importados sobre os quais recaiu o peso maior do trabalho; o tipo de sociedade que se organizou nos séculos de formação; a natureza da independência que nos separou da metrópole; o funcionamento do regime estabelecido pela independência; o isolamento de muitas populações, geralmente mestiças; o funcionamento da oligarquia republicana; a natureza da burguesia que domina o país. É claro que estes tópicos não esgotam a matéria, e basta enunciar um deles para ver surgirem ao seu lado muitos outros. Mas penso que, tomados no conjunto, servem para dar uma ideia básica.

Entre parênteses: desobedeço o limite de dez obras que me foi proposto para incluir de contrabando mais uma, porque acho indispensável uma introdução geral, que não se concentre em nenhum dos tópicos enumerados acima, mas abranja em síntese todos eles, ou quase. E como introdução geral não vejo nenhum melhor do que O povo brasileiro (1995), de Darcy Ribeiro, livro trepidante, cheio de ideias originais, que esclarece num estilo movimentado e atraente o objetivo expresso no subtítulo: “A formação e o sentido do Brasil”.

Quanto à caracterização do português, parece-me adequado o clássico Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda, análise inspirada e profunda do que se poderia chamar a natureza do brasileiro e da sociedade brasileira a partir da herança portuguesa, indo desde o traçado das cidades e a atitude em face do trabalho até a organização política e o modo de ser. Nele, temos um estudo de transfusão social e cultural, mostrando como o colonizador esteve presente em nosso destino e não esquecendo a transformação que fez do Brasil contemporâneo uma realidade não mais luso-brasileira, mas, como diz ele, “americana”.

Em relação às populações autóctones, ponho de lado qualquer clássico para indicar uma obra recente que me parece exemplar como concepção e execução: História dos índios do Brasil (1992), organizada por Manuela Carneiro da Cunha e redigida por numerosos especialistas, que nos iniciam no passado remoto por meio da arqueologia, discriminam os grupos linguísticos, mostram o índio ao longo da sua história e em nossos dias, resultando uma introdução sólida e abrangente.

Seria bom se houvesse obra semelhante sobre o negro, e espero que ela apareça quanto antes. Os estudos específicos sobre ele começaram pela etnografia e o folclore, o que é importante, mas limitado. Surgiram depois estudos de valor sobre a escravidão e seus vários aspectos, e só mais recentemente se vem destacando algo essencial: o estudo do negro como agente ativo do processo histórico, inclusive do ângulo da resistência e da rebeldia, ignorado quase sempre pela historiografia tradicional. Nesse tópico resisto à tentação de indicar o clássico O abolicionismo (1883), de Joaquim Nabuco, e deixo de lado alguns estudos contemporâneos, para ficar com a síntese penetrante e clara de Kátia de Queirós Mattoso, Ser escravo no Brasil (1982), publicado originariamente em francês. Feito para público estrangeiro, é uma excelente visão geral desprovida de aparato erudito, que começa pela raiz africana, passa à escravização e ao tráfico para terminar pelas reações do escravo, desde as tentativas de alforria até a fuga e a rebelião. Naturalmente valeria a pena acrescentar estudos mais especializados, como A escravidão africana no Brasil (1949), de Maurício Goulart ou A integração do negro na sociedade de classes (1964), de Florestan Fernandes, que estuda em profundidade a exclusão social e econômica do antigo escravo depois da Abolição, o que constitui um dos maiores dramas da história brasileira e um fator permanente de desequilíbrio em nossa sociedade.

Esses três elementos formadores (português, índio, negro) aparecem inter-relacionados em obras que abordam o tópico seguinte, isto é, quais foram as características da sociedade que eles constituíram no Brasil, sob a liderança absoluta do português. A primeira que indicarei é Casa grande e senzala (1933), de Gilberto Freyre. O tempo passou (quase setenta anos), as críticas se acumularam, as pesquisas se renovaram e este livro continua vivíssimo, com os seus golpes de gênio e a sua escrita admirável – livre, sem vínculos acadêmicos, inspirada como a de um romance de alto voo. Verdadeiro acontecimento na história da cultura brasileira, ele veio revolucionar a visão predominante, completando a noção de raça (que vinha norteando até então os estudos sobre a nossa sociedade) pela de cultura; mostrando o papel do negro no tecido mais íntimo da vida familiar e do caráter do brasileiro; dissecando o relacionamento das três raças e dando ao fato da mestiçagem uma significação inédita. Cheio de pontos de vista originais, sugeriu entre outras coisas que o Brasil é uma espécie de prefiguração do mundo futuro, que será marcado pela fusão inevitável de raças e culturas.

Sobre o mesmo tópico (a sociedade colonial fundadora) é preciso ler também Formação do Brasil contemporâneo, Colônia (1942), de Caio Prado Júnior, que focaliza a realidade de um ângulo mais econômico do que cultural. É admirável, neste outro clássico, o estudo da expansão demográfica que foi configurando o perfil do território – estudo feito com percepção de geógrafo, que serve de base física para a análise das atividades econômicas (regidas pelo fornecimento de gêneros requeridos pela Europa), sobre as quais Caio Prado Júnior engasta a organização política e social, com articulação muito coerente, que privilegia a dimensão material.

Caracterizada a sociedade colonial, o tema imediato é a independência política, que leva a pensar em dois livros de Oliveira Lima: D. João VI no Brasil (1909) e O movimento da Independência (1922), sendo que o primeiro é das maiores obras da nossa historiografia. No entanto, prefiro indicar um outro, aparentemente fora do assunto: A América Latina, Males de origem (1905), de Manuel Bonfim. Nele a independência é de fato o eixo, porque, depois de analisar a brutalidade das classes dominantes, parasitas do trabalho escravo, mostra como elas promoveram a separação política para conservar as coisas como eram e prolongar o seu domínio. Daí (é a maior contribuição do livro) decorre o conservadorismo, marca da política e do pensamento brasileiro, que se multiplica insidiosamente de várias formas e impede a marcha da justiça social. Manuel Bonfim não tinha a envergadura de Oliveira Lima, monarquista e conservador, mas tinha pendores socialistas que lhe permitiram desmascarar o panorama da desigualdade e da opressão no Brasil (e em toda a América Latina).

Instalada a monarquia pelos conservadores, desdobra-se o período imperial, que faz pensar no grande clássico de Joaquim Nabuco: Um estadista do Império (1897). No entanto, este livro gira demais em torno de um só personagem, o pai do autor, de maneira que prefiro indicar outro que tem inclusive a vantagem de traçar o caminho que levou à mudança de regime: Do Império à República (1972), de Sérgio Buarque de Holanda, volume que faz parte da História geral da civilização brasileira, dirigida por ele. Abrangendo a fase 1868-1889, expõe o funcionamento da administração e da vida política, com os dilemas do poder e a natureza peculiar do parlamentarismo brasileiro, regido pela figura-chave de Pedro II.

A seguir, abre-se ante o leitor o período republicano, que tem sido estudado sob diversos aspectos, tornando mais difícil a escolha restrita. Mas penso que três livros são importantes no caso, inclusive como ponto de partida para alargar as leituras.

Um tópico de grande relevo é o isolamento geográfico e cultural que segregava boa parte das populações sertanejas, separando-as da civilização urbana ao ponto de se poder falar em “dois Brasis”, quase alheios um ao outro. As consequências podiam ser dramáticas, traduzindo-se em exclusão econômico-social, com agravamento da miséria, podendo gerar a violência e o conflito. O estudo dessa situação lamentável foi feito a propósito do extermínio do arraial de Canudos por Euclides da Cunha n’Os sertões (1902), livro que se impôs desde a publicação e revelou ao homem das cidades um Brasil desconhecido, que Euclides tornou presente à consciência do leitor graças à ênfase do seu estilo e à imaginação ardente com que acentuou os traços da realidade, lendo-a, por assim dizer, na craveira da tragédia. Misturando observação e indignação social, ele deu um exemplo duradouro de estudo que não evita as avaliações morais e abre caminho para as reivindicações políticas.

Da Proclamação da República até 1930 nas zonas adiantadas, e praticamente até hoje em algumas mais distantes, reinou a oligarquia dos proprietários rurais, assentada sobre a manipulação da política municipal de acordo com as diretrizes de um governo feito para atender aos seus interesses. A velha hipertrofia da ordem privada, de origem colonial, pesava sobre a esfera do interesse coletivo, definindo uma sociedade de privilégio e favor que tinha expressão nítida na atuação dos chefes políticos locais, os “coronéis”. Um livro que se recomenda por estudar esse estado de coisas (inclusive analisando o lado positivo da atuação dos líderes municipais, à luz do que era possível no estado do país) é Coronelismo, enxada e voto (1949), de Vitor Nunes Leal, análise e interpretação muito segura dos mecanismos políticos da chamada República Velha (1889-1930).

O último tópico é decisivo para nós, hoje em dia, porque se refere à modernização do Brasil, mediante a transferência de liderança da oligarquia de base rural para a burguesia de base industrial, o que corresponde à industrialização e tem como eixo a Revolução de 1930. A partir desta viu-se o operariado assumir a iniciativa política em ritmo cada vez mais intenso (embora tutelado em grande parte pelo governo) e o empresário vir a primeiro plano, mas de modo especial, porque a sua ação se misturou à mentalidade e às práticas da oligarquia. A bibliografia a respeito é vasta e engloba o problema do populismo como mecanismo de ajustamento entre arcaísmo e modernidade. Mas já que é preciso fazer uma escolha, opto pelo livro fundamental de Florestan Fernandes, A revolução burguesa no Brasil (1974). É uma obra de escrita densa e raciocínio cerrado, construída sobre o cruzamento da dimensão histórica com os tipos sociais, para caracterizar uma nova modalidade de liderança econômica e política.

Chegando aqui, verifico que essas sugestões sofrem a limitação das minhas limitações. E verifico, sobretudo, a ausência grave de um tópico: o imigrante. De fato, dei atenção aos três elementos formadores (português, índio, negro), mas não mencionei esse grande elemento transformador, responsável em grande parte pela inflexão que Sérgio Buarque de Holanda denominou “americana” da nossa história contemporânea. Mas não conheço obra geral sobre o assunto, se é que existe, e não as há sobre todos os contingentes. Seria possível mencionar, quanto a dois deles, A aculturação dos alemães no Brasil (1946), de Emílio Willems; Italianos no Brasil (1959), de Franco Cenni, ou Do outro lado do Atlântico (1989), de Ângelo Trento – mas isso ultrapassaria o limite que me foi dado.

No fim de tudo, fica o remorso, não apenas por ter excluído entre os autores do passado Oliveira Viana, Alcântara Machado, Fernando de Azevedo, Nestor Duarte e outros, mas também por não ter podido mencionar gente mais nova, como Raimundo Faoro, Celso Furtado, Fernando Novais, José Murilo de Carvalho, Evaldo Cabral de Melo etc. etc. etc. etc.

Por Antonio Candido, sociólogo, crítico literário e ensaísta. 

Fonte: Jornal de Hoje


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

10 livros infanto-juvenis para as férias

Entre as sugestões estão séries de livros de sucesso, como 'O Diário de um Banana' e a Trilogia Jogos Vorazes, e o premiado livro 'Ela Tem Olhos de Céu'


Por Thalyta Martins

Com os filhos em casa nessas férias, uma das melhores formas de estimular a criatividade e apresentá-los novos mundos sem sair de casa é através da leitura. De clássicos da literatura à aventuras em reinos distantes, tem história que diverte, ensina, comove e, principalmente, desperta a imaginação.

Já pensou quantas histórias cabem dentro de um guarda roupa? Ou qual o feitiço ideal para destrancar portas? Histórias envolventes e cheias de mistérios fizeram com que sagas como As Crônicas de Nárnia e Harry Potter se tornassem sucessos entre os adolescentes. A aventura mais recente que também saiu dos papéis para a telona foi Jogos Vorazes, uma trilogia capaz de prender o leitor até a última página.


Sagas

As Crônicas de Nárnia – C.S. Lewis

Fabulosas histórias do país do Leão Aslan, a saga reúne sete livros que contam com batalhas épicas entre o bem e o mal, criaturas fantásticas, traições, feitos heroicos e amizades (ganhas e perdidas). A série encantou milhões de leitores nos últimos 50 anos. O autor criou um mundo em que uma feiticeira decreta inverno perpétuo, onde há mais animais falantes do que gente e onde as batalhas são travadas por centauros, gigantes e faunos.

Harry Potter – J. K. Rowling

Grande parte da narrativa se passa na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, e foca os conflitos entre Harry Potter e o bruxo das trevas Lord Voldemort. Ao mesmo tempo, os livros exploram temas como amizade, ambição, escolha, preconceito, coragem, crescimento, responsabilidade moral e as complexidades da vida e da morte, e acontecem num mundo mágico com suas próprias histórias, habitantes, cultura e sociedades

Trilogia Jogos Vorazes – Suzanne Collins

Mistura de ficção científica com reality show, passando pela mitologia e pela filosofia com muita ação e aventura, a trilogia Jogos Vorazes é um fenômeno na literatura jovem. Com um mote surpreendente, o livro já está há mais de 170 semanas na lista de mais vendidos do The New York Times e de outras publicações de prestígio dos EUA, rendeu à autora Suzanne Collins lugar na badalada lista de 100 personalidades mais influentes do ano da revista Time. Ambientado num futuro sombrio, Jogos Vorazes é pioneiro de uma tendência que vem ganhando força no mercado de best sellers juvenis: a dos romances distópicos e pós-apocalípticos.



Clássicos

Para não deixar os sentimentos mais puros da infância se perderem entre tecnologia e tempos modernos, clássicos da literatura se mantem nas prateleiras entre os livros “tem que ler”. Não importa a idade, O Pequeno Príncipe e O Menino Maluquinho nunca falam.

O Menino Maluquinho – Ziraldo

Na grande obra infantil de Ziraldo, verso e desenho contam a história de um menino traquinas que aprontava muita confusão. Alegria da casa, liderava a garotada, era sabido e um amigão. Fazia versinhos, canções, inventava brincadeiras. Tirava dez em todas as matérias, mas era zero em comportamento. Menino maluquinho, diziam. Mas na verdade ele era um menino feliz.

O Pequeno Príncipe – Antoine Saint-Exupéry

A história do Pequeno Príncipe atravessa gerações pelo seu encanto. Vale a pena colocar as crianças em contato com este menino sensível que ensina que nós somos os responsáveis por tudo que faz parte da nossa história e que cabe a cada um de nós resolvermos o que fazer e como olhar para ela.



Recomendados

Tempos de escola, mundo das princesas e a cultura nordestina podem ser reconhecidos e admirados em contos modernos e divertidos da literatura.

O Livro das Princesas – Meg Cabot; Lauren Kate; Paula Pimenta e Patrícia
Barboza

As mais populares autoras contemporâneas norte-americanas, Meg Cabot(“Diário Da Princesa” e “A Mediadora”) e Lauren Kate (“Fallen”), se unem às brasileiras e igualmente bem-sucedidas Paula Pimenta (“Fazendo Meu Filme”) e Patricia Barboza (“As Mais”) em uma coletânea que reinventa contos de fadas clássicos.

Diário de um Banana – Jeff Kinney

Não é fácil ser criança. E ninguém sabe disso melhor do que Greg Heffley, que se vê mergulhado no ensino fundamental, onde fracotes subdesenvolvidos dividem os corredores com garotos que são mais altos, mais malvados e já se barbeiam. Na série “Diário de um banana”, que já possui oito volumes, o autor e ilustrador Jeff Kinney nos apresenta um herói improvável. Como Greg diz em seu diário: “ Só não espere que eu seja todo ‘Querido diário’ isso, ‘Querido diário’ aquilo.” Para nossa sorte, o que Greg Heffley diz que fará e o que ele realmente faz são duas coisas bem diferentes.

Diário de uma garota nada popular – Rachel Renee Russell

Nikki, de 14 anos, ganhou uma bolsa de estudos para uma escola particular de prestígio. Sua angústia ao lidar com as meninas malvadas do colégio, a relação com seus pais, sua paixão pelo bonitão da escola e as novas amizades que faz são assuntos registrados em seu diário, ao lado de inúmeros desenhos que ela mesma faz de sua vida. Direcionado principalmente para meninas adolescentes, Diário de uma garota nada popular pode ser considerado uma versão feminina de Diário de um banana.

Ela tem olhos de Céu – Socorro Acioli

A autora cearense ganhou o Prêmio Jabuti de literatura infanto juvenil, mostrando a história de Sebastiana. Após seu nascimento nada será como antes em Santa Rita do Norte: a menina tem olhos de céu. Será dom ou maldição? A cidade inteira está em polvorosa, ninguém sabe mais o que fazer para controlar os fenômenos provocados pela pequena criança. Os versos e imagens do cordel rico e sensível da autora, ilustrado por Mateus Rios, apresentam a realidade e a cultura nordestina com lirismo e magia. Em Santa Rita do Norte, tudo pode acontecer.

Por que só as princesas se dão bem? – Thalita Rebouças

A maioria das meninas sonham em ser princesas, encontrar um príncipe encantado e ter um felizes para sempre. Mas na realidade, a vida de uma princesa pode ser diferente. Acompanhe a esperta e perguntadeira Bia em sua aventura pelo mundo nem tão encantado assim das princesas de verdade.