segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

As 10 livrarias mais interessantes do mundo

María Luisa Fundes, do jornal “ABC”, de Madri, escreveu pequenos textos sobre as dez livrarias mais interessantes do mundo. “Para os aficionados à leitura, as livrarias são paraísos inigualáveis e incomparáveis.” Lá, entre as estantes, descobre-se o universo, globaliza-se o conhecimento. Muitas pessoas passam horas circulando entre as estantes, folheando e lendo algumas páginas dos livros. Há aqueles que se empolgam com as capas, e até com o papel, por exemplo o pólen (que não gera reflexos). Às vezes entra-se numa livraria com o objetivo de comprar determinado livro, mas, ao perceber um lançamento interessante, o indivíduo o coloca na sua cesta. Pode ser Joyce, Proust, Thomas Mann, Tolstói, Machado de Assis, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Bernardo Élis ou Afonso Felix de Sousa. As livrarias bonitas, como as citadas, são uma atração à parte. El Ateneo, de Buenos Aires, assim como outras, é uma atração turística. Os apaixonados pelos livros acabam se tornando também apaixonados pela livraria. É raro uma pessoa sair de lá sem fazer ao menos uma fotografia. Trata-se de uma livraria-museu, que já foi um teatro.

1 — El Ateneo, Buenos Aires


María L. Fundes diz que foi “uma ideia genial converter um teatro dos anos 20, já fechado, em uma livraria de primeira. El Ateneo, de Buenos Aires, é uma das melhores livrarias da América. A seleção de livros é amplíssima. E o entorno [interno] é iniguilável. Permanecem o cenário e o palco. Tudo com novas funções [há um café-restaurante]. Uma maneira brilhante de desfrutar e recuperar edifícios antigos”. Em março desde ano, ao visitá-la, pude ver que Clarice Lispector é um dos destaques nas mesas.


2 — Galignani, Paris



“Giovanni Antonio Galignani nasceu em 1757, no norte da Itália. Depois de um período em Londres, se instalou em Paris, onde criou uma pequena editora, abriu uma livraria e fundou um jornal. É a primeira livraria inglesa na Europa fora das ilhas britânicas. Foi instalada na Rua de Rivoli, onde abriu as portas com as melhores seleções de literatura anglo-americana e francesa, assim como uma seleção sem igual de livros de arte e moda”, diz o “ABC”.


3 — Selexyz Bookstore, Maastricht



A livraria está instalada num edifício onde funcionou uma igreja de dominicanos. Além de bonita, até “impressionante”, é arejada e tem um café. É apontada como “espetacular”.


4 — Livraria da Vila, São Paulo


O “ABC” nota que São Paulo é a “capital gastronômica e cultural do Brasil”. A repórter elogia a construção arquitetônica, do “genial arquiteto” Isay Weinfeld — as portas são estantes —, e diz que, além de bela, a Livraria da Vila oferece espaço para bate-papo, concertos e exposições.


5 — El Péndulo, México


A livraria, diz o “ABC”, é um espaço amplo e relaxante no qual se pode, além de desfrutar das calorosas [e calorentas] tardes mexicanas, olhar livros, discos e vídeos. “Entre as numerosas livrarias, El Péndulo, situada no elegante bairro de Polanco, na capital azteca, tem o toque original de ter plantas em seu interior.” A livraria oferece concertos, cursos e tem um café-restaurante.


6 — Brentano’s, Paris


“A oferta cultural de Paris é ilimitada. Suas livrarias também. Mas a Brentano’s é diferente: trata-se de uma livraria com quase 120 anos e que oferece um repertório variadíssimo para o leitor multicultural, interessado em ler em vários idiomas”, diz o “ABC”. A livraria é especializada em obras norte-americanas, já que a cadeia de livrarias surgiu nos Estados Unidos. Está “situada na Avenida da Ópera, entre a Ópera Garnier, o Louvre e a Praça Vendôme”. Frequentar a livraria “é uma imersão na cultura universal”, sugere o jornal espanhol, apesar de sugerir a especialização americana.


7 — Rizzoli, Nova York




Segundo o “ABC”, é “uma das livrarias mais simbólicas dos Estados Unidos. O espaço é acolhedor, as luzes tênue, o estilo é retrô e a seleção de livros, fantástica. É uma referência em pleno coração de Manhattan. Os livros de culinária são uma das especialidades desta livraria: o presente perfeito. A coleção completa da magnífica Editora Rizzoli está disponível, junto com uma extensa seleção de livros em italiano”, registra o jornal espanhol.


8 — Lello, Porto


“Lello e Irmão é a livraria mais espetacular de Portugal e uma das mais bonitas do mundo. Situada no centro antigo da cidade do Porto, foi fundada em 1869”, diz o “ABC”. Na sede atual, está desde 1909. A mudança foi feita pelos irmãos Lello, seus segundos proprietários. “A fachada é maravilhosa, mas o interior ainda é mais bonito.” Lá tudo é surpreendente. “No segundo piso são feitas exposições de arte e se pode desfrutar de um café.”


9 — Shakespeare & Co, Paris



A livraria é pequena mas é das mais charmosas de Paris — era frequentada por Hemingway, Scott Fitzgerald e James Joyce, que era amigo da proprietária (Sylvia Beach editou pela primeira vez o romance “Ulysses”, pai da literatura moderna). O “ABC” diz que a livraria tem um entorno “acolhedor para turistas e sonhadores”. É “situada em frente ao Sena e à catedral de Notre-Dame, está em pleno coração do bairro dos estudantes — o bairro latino. Como muitas das livrarias parisienses mais interessantes, foi fundada por estrangeiros e tem sido amiúde o centro de reunião de escritores de língua inglesa. Os livros proibidos na Inglaterra e nos Estados Unidos sempre estiveram disponíveis”.


10 — Corso Como 10, Milão


“Carla Sozzani, importante personalidade do mundo editorial do setor de revistas na Itália e irmã da poderosa Franca Sozzani, diretora da ‘Vogue Itália’, abriu a livraria em 1990. Nessa época, era uma galeria, dedicada principalmente à arte e à fotografia. Depois, ampliada, se tornou um espaço para o setor de moda, restaurante e livraria. São realizadas no local exposições, concertos e outras atividades culturais. Sua seleção de livros de moda e fotografia é espetacular”, registra o “ABC”.






terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A culpa é das estrelas – John Green



Esqueça tudo o que você já leu na vida sobre câncer terminal, jovens com câncer terminal, jovens com câncer terminal que se apaixonam. Esse livro, meus amigos, alegrou tanto o meu dia que nem parecia que eu estava lendo o relato de uma menina muito doente. Acima de tudo, A culpa das estrelas é um livro fofo e apaixonante.

Hazel Grace é uma adolescente sagaz, concluiu o ensino médio com dezesseis anos e já está na universidade comunitária da cidade onde mora com a família. Só que ela não é uma adolescente qualquer, Hazel é um milagre! Aos 13 anos foi diagnosticada com câncer de tireoide com metástase nos pulmões sem nenhuma expectativa de cura por parte dos médicos, mas após participar de um experimento que previa o uso de drogas novas para diminuir o tamanho dos tumores e impedir o avanço do câncer, conseguiu ultrapassar a estimativa de tempo de vida que havia recebido no hospital.

Ser um milagre não é algo fácil como se imagina, Hazel não consegue respirar sozinha e precisa andar com cilindros de oxigênio à mão, além de ter que conviver com todas as mudanças que a doença faz no corpo do enfermo. Assim, ela acaba ficando deprimida e sendo obrigada pela mãe a participar de um grupo de apoio. É quando Hazel Grace conhece Augustus Waters.

O Gus também é um sobrevivente do osteossarcoma (câncer nos ossos), mas está sem evidência do câncer há mais de um ano. Apesar de ter amputado uma perna durante o tratamento, nunca perde a oportunidade de fazer graça sobre a doença, demonstrando autoconfiança e uma inquietação empolgante a respeito das metáforas. Ele e Hazel são muito diferentes, mas a atração entre eles é imediata. Green o descreve no livro com muito senso de humor, mas os diálogos com Hazel, a forma doce de amá-la, é tudo tão lindo, tão fofo, tão... triste, que muitas vezes é necessário conter as lágrimas.

Essa não é uma história sobre câncer, morte ou cura. É uma história de amor, puro e simples, que pode não ter o mais feliz dos finais, mas é o final que precisava ter.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Drive - James Sallis



"Eu dirijo. Isso é tudo que faço. Não fico sentado enquanto você planeja a coisa ou a prepara. Você me diz onde começamos, em que direção devemos ir, para onde devemos seguir depois, em que horário. Não me meto, não conheço ninguém, não ando armado. Eu dirijo."

Apesar das boas críticas que li na web, não me impressionei com o best-seller de James Sallis. A história é bacaninha, tem um ar de suspense que atiça a curiosidade do leitor, mas eu não curti, não pirei na trama, achei demasiadamente vago e confuso.

Temos como protagonista o Piloto, um personagem enigmático, solitário e com uma bagagem familiar difícil de carregar. Após a morte do pai e prisão da mãe, ele teve que aprender a se virar na vida. Com cerca de 15 anos fugiu do lar adotivo para Los Angeles em um Ford Galaxie que pertencia à família que o abrigou. Já em LA ele conhece um dublê de automobilismo que o acolhe e ensina tudo que sabia sobre carros e a profissão.

Mais velho e mais experiente, o Piloto acabou criando fama nos bastidores de Hollywood e também no mundo do crime. A primeira fuga aconteceu após conhecer Standard, ex-marido de sua vizinha, Irina, por quem o Piloto acaba se apaixonando. Daí em diante vieram outros trabalhos, e com eles alguns problemas. O suspense fica por conta da última fuga que acabou dando errado, colocando as habilidades para sobreviver do nosso protagonista à prova.

Juro que eu queria ter amado cada página do livro, mas a cada capítulo me deparei com um episódio diferente da vida do Piloto. São tantas cidades, pessoas e carros diferentes que ao chegar no último parágrafo percebi que muitas pontas haviam ficado soltas no meio da leitura. É tudo costurado a longo prazo, por isso a confusão.

De fato, essa história foi criada para o cinema. É possível perceber vários elementos de filmes de ação na trama e a forma como o autor brinca com a temporalidade cria um clima plástico, totalmente audiovisual. Eu ainda não assisti Drive, o filme, mas confesso que fiquei curiosa. Nas telonas o piloto é vivido por Ryan Gosling e o diretor Nicolas Refn recebeu a Palma de Ouro em Cannes por melhor direção.


Veja o trailer do filme Drive abaixo:


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Resultado da Promoção Cartapácias!!!

Parabéns Viviane Lira, você ganhou o livro "Memórias de um Sargento de Milícias" de Manoel Antônio de Almeida!

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Promoção Cartapácias!!!



Quer ganha o livro "Memórias de um Sargento de Milícias" de Manoel Antônio de Almeida?

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Não perca tempo e boa sorte! 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Trilogia Jogos Vorazes - Suzanne Collins

"Que os Jogos Vorazes comecem e que a sorte esteja sempre a seu favor."

Talvez não seja uma questão de sorte. Para vencer os Jogos Vorazes o tributo tem de aprender a sobreviver e conviver com as consequências de seus atos na arena. A batalha não acaba quando o último competidor é morto, eles o obrigam a reviver o mesmo pesadelo todos os anos. Ao final da septuagésima quarta edição dos Jogos Vorazes, Katniss e Peeta conseguem não apenas sobreviver, eles mudam as regras do jogo e despertam um povo oprimido contra o Sistema.

Em um futuro distante, ocupando o lugar que hoje conhecemos por América do Norte, o Governo de Panem cuida para que seus cidadãos não revivam os Dias Escuros. Além da Capital, 12 distritos sustentam o país onde cada um é responsável por produzir e despachar recursos indispensáveis para a sobrevivência da população. Apesar de produtores, os distritos não têm direito a usufruir dos resíduos extraídos em seus territórios, muitas famílias vivem com dificuldade chegando até a passar fome. Como forma de punição pelos Dias Escuros, todos os anos os 12 distritos enviam um menino e uma menina entre 12 e 18 anos como tributo à Capital, até que a rebeldia de Katniss e o amor que Peeta sente por ela mudam o rumo dos Jogos Vorazes para sempre.

A trilogia é composta por Jogos VorazesEm chamas e A esperança. Dos três, gosto mais do último porque é onde encontramos as respostas para a maioria das perguntas que fazemos ao longo da trama. Eu gosto da presença do narrador em primeira pessoa, mas nesse caso específico senti falta da percepção dos outros personagens. Talvez a autora tenha escolhido esse estilo por causa do suspense, mas acabou deixando algumas lacunas na narrativa, já que conhecemos apenas o ponto de vista de Katniss. Mais do que um triangulo amoroso, a trilogia Jogos Vorazes fala sobre a importância de cuidarmos do nosso planeta para que as futuras gerações não sofram as consequências. É a história da luta de um povo pela sobrevivência de sua espécie, inspirados pelas ações dos jovens vitoriosos que se rebelaram contra a opressora Capital.

O primeiro filme da série chegou aos cinemas em 2012 sob direção de Gary Ross. A premiada atriz Jennifer Lawrence vive Katniss Everdeen, Josh Hutcherson é Peeta Mellark e Liam Hemsworth interpreta o melhor amigo de Katniss, Gale. Esse ano o longa ganha sequência com Jogos Vorazes: Em chamas estreou no dia 15 de novembro. Não deixem de assistir!

Veja abaixo o trailer de Jogos Vorazes: Em chamas em cartaz nos cinemas de todo o país.





segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Memórias de um sargento de milícias – Manuel Antônio de Almeida



A malandragem carioca está eternizada em filmes, novelas e letras de samba. Malandro é malandro e mané é mané! Você com certeza já ouviu esses versos na radiola de algum boteco Brasil afora. Em seu único romance publicado, Manuel Antônio de Almeida apresenta o primeiro malandro da literatura brasileira: o sargento de milícias.

Fruto de uma pisadela e de um beliscão, quando criança, o Leonardinho era tinhoso e malquisto pelos vizinhos. O fogo que uniu os pais portugueses, no navio que os transportava para o Brasil, apagou tão rápido quanto começou. Quando completou oito anos o malandrinho foi abandonado pela família e acabou caindo nas graças do padrinho barbeiro, que o mimou e cuidou de sua educação sonhado em ver o afilhado se tornar um membro importante para a comunidade carioca.

A primeira ideia que o padrinho teve para o futuro de Leonardinho foi o sacerdócio, mas não deu muito certo, nem o padre e a vizinha carola escaparam das artimanhas do menino! Alguns anos mais tarde, Leonardo acaba sendo forçado pela polícia a servir ao exército, tendo como principal missão coibir a malandragem no Rio, mas como nunca foi de sua natureza manter-se longe de problemas, continua aprontando dentro do próprio batalhão de polícia.

Um fato curioso é que no início, Manuel Antônio de Almeida escreveu a história do sargento de milícias em forma de folhetim, algo muito comum na época, mas costumava assinar como “um Brasileiro”. Só em 1863 o nome verdadeiro do autor passou a constar na obra.

Gostei muito do estilo do autor, apesar de ter sentido bastante dificuldade para compreender algumas palavras e expressões que eram usadas na época. O lado cômico dos personagens é muito bem explorado na trama e é o tipo de história que sorrimos do início ao fim. O diálogo entre Manuel e o leitor é constante, o que ajuda a tornar a nossa relação com o livro e os personagens mais pessoal.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Marina – Carlos Ruiz Zafón



“Todos temos um segredo trancado a sete chaves no sótão da alma. Este é o meu”.

É assim que Óscar começa o seu relato, pondo para fora o maior segredo de sua vida, uma história que havia prometido não trazer mais a tona simplesmente por ser uma história só sua, que talvez ninguém fosse acreditar. Após 15 anos tentando driblar o passado, ele volta para a Barcelona de sua juventude e começa a reviver o tempo que passou junto à Marina.

A trama se passa na década de 1970, Óscar tinha apenas 15 anos e vivia trancado em um internato com nome de santo. Apesar de não ter a permissão dos padres para sair, ele sempre dava um jeito de escapar pela janela. O relato dele é tão rico em detalhes que muitas vezes me imaginei vagueando pelas “zonas mortas” de Barcelona. E assim, em uma dessas escapadelas, ele conheceu Marina.

Apesar de ser uma obra infanto-juvenil, a história de Óscar deveria ser lida por gente de todas as idades. Eu devorei o livro em três dias e se você curte histórias de fantasma, suspense e aventura vai querer se juntar aos nossos heróis na busca do passado misterioso de Mijail Kolvenik.

Marina me conquistou por sua simplicidade, fluidez nas palavras e principalmente pela inocência dos personagens. Carlos Ruiz Zafón acertou em cheio na dose de doçura! Achei a narrativa bem diferente das coisas que estou acostumada a ler, tanto que fiquei curiosa para conhecer outras obras do autor. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CIENTEC 2013 conta com vasta programação literária

(Imagem do site da CIENTEC: http://www.cientec.ufrn.br/)


A XIX Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura - CIENTEC/2013- que acontece do dia 22 a 25 de outubro, tem como tema central "Educação e Esporte", comemorando os 50 anos do método Paulo Freire e o Brasil como sede de eventos esportivos. Para isso, conta com uma extensa programação ligada a literatura. 

Dentro dos pavilhões na praça cívica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), serão realizadas trocas de conhecimento através de exposições interativas, palestras, mesas redondas, seminários, exposição de banners, espetáculos, a participação de importantes pessoas do meio literário, além da III Feira de Livros e Quadrinhos de Natal (Fliq), que tem o objetivo de democratizar a leitura e terá a participação de Mauricio de Sousa.

(Imagem do Google)


Segue abaixo a programação literária da CIENTEC 2013.

PROGRAMAÇÃO GERAL

Dia 22
18h30 - Os 50 anos da Turma da Mônica com Mauricio de Sousa e Milena Azevedo.
Dia 23
19h - A participação da mulher na literatura potiguar com Ana de Santana, Diva Cunha e Salizete Freire (Local: Auditório Fliq)
20h20 - O centenário de Vinícius de Moraes com José Castello, Lívio Oliveira e Vicente Serejo
Dia 24
09h00 - Painel: A Construção Das Políticas do Livro, da Leitura, da Literatura, e das Bibliotecas e As Frentes Parlamentares . (Local: Sala Multiuso – Praça Cívica Da Ufrn) 
14h00 - Lançamento do Fórum do Livro, Leitura, Literatura, e das Bibliotecas- RN -
Apresentação dos representantes do Fleb-RN. (Local: Sala Multiuso – Praça Cívica Da Ufrn)
19h45 - Turma da Mônica Jovem com Petra Leão e Milena Azevedo (Local: Auditório Fliq)
Dia 25
20h15 - Teatro, Música e Literatura na Boca da Noite com Mário Bortolotto e Carlos Fialho (Local: Auditório Fliq)

PROGRAMAÇÃO PALESTRAS E MESAS-REDONDAS 

PALESTRA E LANÇAMENTO DO LIVRO: “O PODER DO COACHING”
Local: Auditório B do CCHLA – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFRN
Dia: 25/10/13
Hora: 18h as 22h
Ministrante Responsável: Patricia de Albuquerque Maia
Resumo: O livro “O Poder do Coaching – ferramentas, foco e resultados”, expõe parte de sua experiência profissional e acadêmica nas questões que se relacionam ao tema central da obra. A publicação é organizada por José Roberto Marques e reúne artigos com cases de sucesso no Brasil e no mundo sobre como o Coaching vem auxiliando organizações de diferentes segmentos a alcançarem resultados positivos em crescimento. No Capítulo "Coach pessoal, desenvolvendo o autoconhecimento para o sucesso" busca fornecer ao leitor subsídios para o autodesenvolvimento, pessoal e profissional, com o uso de ferramentas de Coaching. Na Gestão de Pessoas, no que diz respeito ao Coaching, ferramentas para a eficiência do processo são testadas com frequência, alinhando as estratégias da empresa ao mercado mais competitivo. Assim, uma pessoa com autoconhecimento e possibilidades de se autodesenvolver, estará mais preparada, a priori, para que os desafios são por natureza, competitivos na era da contemporaneidade.

LEITURA DAS LETRAS À METÁFORA DO CORPO AOS NEURÔNIOS
Local: Auditório C do CCHLA – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFRN
Dia: 24/10/2013
Hora: 8h as 12h
Ministrante Responsável: Angela Maria Chuvas Naschold
Resumo: A mesa originária do desenvolvimento do projeto de pesquisa, ensino e extensão LEITURA + NEUROCIÊNCIAS se dispõe a apresentar e discutir as bases neurais da leitura considerando educação, psicolinguística e neurociências. Serão abordados os seguintes pontos: aspectos históricos, culturais e psicolinguísticos da leitura, bases neurais da leitura, o cérebro e o corpo na cognição humana, as contribuições da psicogênese da escrita, métodos, processos e rotas de leitura, a leitura como simulador de vôo cognitivo, teoria global do espaço de trabalho consciente.

MESA-REDONDA O AMBICIOSO NA ABORDAGEM LITERÁRIA E TEATRAL
Local: Bloco A – Sala A -10 – CERES/UFRN – Campus Caicó
Dia: 23/10/13
Hora: A definir
Ministrante Responsável: Grinaura Medeiros de Morais
Resumo: Trata-se de uma mesa redonda que apresenta e discute o papel do ambicioso em obras literárias que abordam o gênero teatral, a exemplo do Noviço, O santo e a Porca e o Cortiço. Pretendemos discutir a façanha e a esperteza do ambicioso diante das economias do outro sejam estas economias oriundas de vendas, finanças, ouro, terras e outros bens conseguidos através de casamentos arranjados. Realçaremos a forma como as suas peças teatrais demonstram o desenvolvimento social de época de produção e a influência dos hábitos herdados da colonização, exaltando o desenvolvimento desta forma literária, que além de ser uma forma de divertimento, tinha por objetivo criticar aspectos da sociedade brasileira.

PROGRAMAÇÃO DE OFICINAS E MINICURSOS

MINICURSO CLUBE DE LEITURA – PROJETO LEITURA + NEUROCIÊNCIAS: AS 4 VERSÕES DA CHAPEUZINHO VERMELHO
Local: Auditório D CCHLA – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFRN.
Dia: 22/10/2013
Hora: 18h as 22h
Ministrante Responsável: Ana Maria Chuvas Naschold
Resumo: A realização desta oficina se justifica fundamentalmente a partir da necessidade de apresentarmos uma metodologia para desenvolvermos a competência leitora das crianças, por meio dos métodos utilizados no Clube de Leitura do Projeto Leitura + Neurociências. Assim sendo, nos propomos a realizar momentos de contações de histórias com o uso de diversas estratégias, dentre elas, destacamos o uso do flipbook, do prezi e de objetos metafóricos, para contarmos as quatro versões da história Chapeuzinho Vermelho dos autores: Chico Buarque (2011), Rubem Alves (2004), Maurício de Sousa (2008) e Irmãos Grimm. Dessa forma, buscaremos disseminar metodologias de contações de histórias que despertem a cultura leitora e o prazer pelo mundo da ficção.



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

As sete atitudes que formam o leitor

Incentivar a leitura é um dever do governo e das escolas. Mas nós, leitores, podemos ajudar

DANILO VENTICINQUE

(Imagem do Google)


A leitura é, por natureza, um ato solitário. Podemos estar no meio de uma multidão: basta abrir um livro e, no meio do primeiro parágrafo, a realidade à nossa volta dá lugar ao universo do autor. É um grande prazer, mas também um pequeno risco. Como contagiar outras pessoas com o hábito da leitura, num país em que atividades coletivas são uma tradição, se o próprio ato de ler nos impulsiona para o isolamento?

Mesmo na solidão da leitura, cada leitor é parte de um só grupo. Seus interesses são tão múltiplos quanto a variedade de livros a seu dispor, mas todos têm em comum o prazer da leitura. Nessa multidão desunida e heterogênea, há pouca ação e muito pessimismo. Muitos dos que espalham a frase feita que diz que "o brasileiro não lê" são leitores. Em seu isolamento, não percebem que isso começou a mudar – e que eles estão deixando de cumprir um papel importante. Popularizar a leitura é uma obrigação do governo e das escolas, mas também deveria ser um esforço pessoal de cada leitor.

Um país com mais leitores é um país mais educado, com livros mais acessíveis e uma produção literária mais rica. Entre um livro e outro, com atitudes simples, qualquer leitor pode dar sua pequena contribuição para que isso se torne realidade.

1. Seja um (bom) leitor
Num mundo repleto de distrações, não faltam incentivos e desculpas para fazer qualquer outra coisa em vez de ler um livro. Sucumbir a algumas delas é inevitável. Podemos perder algumas batalhas, mas não a guerra. De distração em distração, já vi aficionados pela leitura entrarem, sem aviso, no grupo dos 50% de brasileiros que não leram um livro nos últimos três meses. Algumas pessoas estão nesse grupo porque não sabem ler, ou porque não têm acesso a livros. Porém, há os que engrossam as estatísticas por pura preguiça. Não basta ir à livraria, sucumbir às tentações do consumo e deixar os livros acumulando poeira na estante. É preciso dar um bom exemplo. O primeiro passo para formar mais leitores é formar-se leitor.

2. Converse sobre livros
Por que assistimos a tantos filmes, novelas e séries de televisão? Se dependêssemos apenas de nossa vontade e interesse, seriam poucos os espectadores fiéis. Mas recebemos recomendações de amigos, ouvimos comentários de desconhecidos, lemos sobre o assunto nas redes sociais e isso nos anima a voltar ao cinema, a sentar diante da televisão e a assistir a mais um episódio. Os fãs de filmes, novelas e séries não economizam oportunidades para demonstrar sua paixão. Dezenas de amigos me recomendaram Breaking bad antes que eu me tornasse viciado na série (que, aliás, é ótima). Sei que muitos dos meus amigos são leitores, mas poucos me recomendam os livros que acabaram de ler. Por ver a leitura como um hábito solitário, sentem-se mais à vontade para falar sobre outros assuntos – e deixam de compartilhar suas descobertas. Conversar sobre livros não é algo só para intelectuais. Não há nada de errado em ser fã de um autor e se comportar como tal. Se você acha que todos seus amigos deveriam ler o livro que você acabou de ler, diga isso. Talvez todos leiam.

3. Busque aliados
A internet é um inferno de distrações quando queremos nos concentrar e ler um livro, mas um paraíso para encontrar outros leitores. Há redes sociais dedicadas exclusivamente a isso, como a brasileira Skoob e a americana Goodreads. Também não faltam blogs e sites dedicados ao tema. No Facebook, há dezenas de grupos dedicados a amantes dos livros. Entrar num deles é uma forma de reforçar o hábito de ler, trocar recomendações e manter-se atualizado. Quanto maiores os grupos, maior a chance de atrair e manter novos leitores. Longe de ser uma inimiga da leitura, a internet pode ser uma importante aliada.

4. Presenteie
Lembro-me muito pouco das roupas, brinquedos e outras bobagens que eu ganhava de presente na minha infância. Mas não me esqueço do dia em que meu padrinho me levou a uma livraria e me presenteou com um exemplar de 20 mil léguas submarinas – o primeiro livro que eu li por vontade própria, e o primeiro a me tirar da frente da televisão e dos games. Dar livros de presente é uma bela maneira de espalhar e reforçar o hábito da leitura, não importa a idade de quem é presenteado. Preste atenção nos desejos e curiosidades das pessoas ao seu redor, e pense em livros que podem agradá-las. Quem conhece bem seus amigos e parentes saberá escolher um título adequado para animar mesmo quem não está acostumado a ler. O livro certo, na hora certa, pode ser um presente inesquecível.

5. Tenha calma
Antes de recomendar um livro, emprestá-lo ou dá-lo de presente, pense se ele é a escolha mais adequada. Para um leitor em formação, poucas coisas são mais frustrantes do que ler o livro certo na hora errada. Isso vale principalmente para crianças e adolescentes. Quantos estudantes não abandonaram o hábito da leitura após serem golpeados na cabeça, prematuramente, com livros difíceis demais? Alguns clássicos da literatura são acessíveis a qualquer um; outros, mais complexos exigem reflexão e paciência do leitor. Comece pelos mais fáceis. Há tempo suficiente para galgar, degrau a degrau, o caminho que leva a obras literárias complexas. Antes de se tornar um hábito, a leitura precisa ser um prazer.

6. Leia antes de votar
Num país em que 20% dos habitantes entre 15 e 49 anos são analfabetos funcionais, e 75% jamais pisou numa biblioteca, o esforço para popularizar a leitura passa, necessariamente, por políticas públicas. Há quanto tempo o incentivo à leitura não é abordado num debate entre candidatos a um cargo executivo? No Legislativo, há frentes parlamentares dedicadas ao tema, mas sua atuação é discreta. Entre os municípios, a maioria ainda trata a política cultural como uma política de espetáculos. Gastar milhões para reunir multidões em shows financiados pela prefeitura pode render manchetes de jornais, mas tem pouco impacto na formação cultural de cada cidadão. Organizar eventos literários para incentivar a leitura não é uma solução definitiva, mas já é um passo na direção certa. Investir na criação e manutenção de bibliotecas com uma programação cultural constante é ainda menos espetacular, mas pode ser transformador. Antes de escolher um candidato, descubra o que ele pensa a respeito disso.

7. Espalhe boas ideias
Transformar bicicletas em bibliotecas itinerantes. Arrecadar doações de livros no Natal. Distribuir livros gratuitamente em estações do metrô, ou colocá-los à venda e deixar que o comprador escolha o quanto quer pagar. Todas essas propostas são criações recentes de leitores apaixonados. Elas têm potencial para transformar a maneira como os brasileiros se relacionam com os livros, mas precisam se tornar mais conhecidas. Cabe a cada leitor a tarefa de ajudar a divulgar essas iniciativas, contribuir para seu sucesso e, quem sabe, pensar em outras boas ideias para incentivar a leitura. Abrir um livro no meio de uma multidão e se perder em suas páginas é um exercício solitário e prazeroso. Mas seria ainda melhor se fizéssemos isso no meio de uma multidão de leitores.


Fonte - http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O Fantasma de Canterville – Oscar Wilde



Apesar de ser uma história infantil, O Fantasma de Canterville é uma crítica bem-humorada feita por Oscar Wilde às mudanças que foram impostas à vida social de americanos e britânicos na passagem do século XIX para o XX. O conto é muito divertido e por isso decidimos compartilhá-lo com vocês.

Após matar a mulher, Sir Simon de Canterville teve uma morte trágica e seu espírito atormentado passou a assustar todas as famílias que o sucederam na Reserva. Durante 300 anos sua fama correu por toda a Inglaterra e os poucos que ousaram entrar no castelo passaram por maus bocados, até que seu último parente vivo, Lord Canterville, decidiu se desfazer da propriedade vendendo para uma família de americanos.

O legal da história é que a família Otis ignora completamente todos os esforços feitos pelo fantasma de Sir Simon para assustá-los. Na verdade, em um certo ponto da trama, é  a família que acaba o amedrontando, em especial os pequenos gêmeos que não dão sossego ao espectro.

A obra já teve duas adaptações cinematográficas, a primeira em 1944 e a segunda em 1996. Em 1998 a Europa Filmes abrasileirou o conto e produziu Simão, O Fantasma Trapalhão, tendo no elenco estrelas como Renato Aragão (Didi), Dedé Santana, Ivete Sangalo e Luciano Szafir. 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Quatro integrantes da Academia Brasileira de Letras confirmam participação no Festival Literário de Natal



O jornalista e escritor Murilo Melo Filho foi recebido pelo prefeito Carlos Eduardo na última semana em seu gabinete. Em nome da Academia Brasileira de Letras, da qual é membro, ele veio tratar de detalhes da participação de cinco membros da Academia no Festival Literário de Natal,que será realizado de 6 a 9 de novembro, na Praça Augusto Severo, na Ribeira.

Acompanhado pelo presidente da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), Dácio Galvão, o imortal confirmou que quatro membros da Academia aceitaram o convite do prefeito Carlos Eduardo para participar do Festival Literário: Ivan Junqueira, Nelson Pereira dos Santos, Marcos Lucchesi e o próprio Murilo. O quinto convidado, Arnaldo Niskier, ainda não confirmou a participação por causa de compromissos anteriores, mas o prefeito reforçou o convite em contato telefônico, ressaltando a importância da sua presença no festival.

Dácio Galvão afirmou informou que o Festival, a exemplo de outras edições realizadas pela administração anterior de Carlos Eduardo, já é um sucesso pela presença de nomes consagrados nacionalmente. Além dos já citados por Murilo Melo Filho, ele destacou o nome do jornalista e escritor Zuenir Ventura e cantor e compositor Caetano Veloso. Natural de Santo Amaro da Purificação, o baiano vai fazer uma “Fala Literária” e encerrar o Festival com o show “Abraçaço.”

Fonte: Prefeitura de Natal