O que teria de
tão extraordinário em um garotinho comum, vivendo em uma casa comum, com uma
família comum? Absolutamente tudo. Auggie Pullman nos ensina em 320 páginas
que, por mais diferentes que sejamos, todos somos seres extraordinários. Basta
olhar o mundo através de uma ótica de amor e gentileza.
Quando August
nasceu, foi diagnosticado com várias síndromes e deformações faciais. Ao longo
de sua pequena vida, enfrentou muitas cirurgias e tratamentos dolorosos, mas o
que mais machucou o coração do nosso pequeno guerreiro foi a indiferença e o
olhar enojado de pessoas ignorantes. Os pais de Auggie o criaram cercado de
carinho e superproteção, e a irmã mais velha dele, a Via, sempre colocou os
problemas do irmão como prioridade. Quando completou 10 anos seus pais
decidiram que era hora do menino encarar o mundo e frequentar a escola, como um
cordeiro pronto para o abate!
Foi um ano
difícil e tumultuado. Primeiro pelos olhares e pela falta de contato físico com
os colegas, depois pela imaturidade do Auggie ao encarar as novidades, mas no
final todo mundo acaba se surpreendendo com a coragem do menino. A trama toda é
basicamente narrada por ele, mas Palacio também expõe a perspectiva de alguns
personagens importantes na história, como a Via, o Jack, a Summer, a Miranda e
o Justin.
Extraordinário
deveria ser leitura obrigatória! É importante debater o tema do preconceito,
principalmente porque muitas crianças acabam sendo "más" com as
outras por falta de diálogo e orientação dos pais. Os próprios adultos não
percebem que um olhar diferente, uma expressão de repulsa, mesmo que pequena,
pode ferir para sempre um indivíduo considerado "diferente". Por mais
que não tivesse um rosto bonito, Auggie conquistou amigos e o respeito dos
professores pelo seu comportamento corajoso e gentil. Um menino extraordinário,
com uma família e amigos extraordinários!
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