quinta-feira, 10 de abril de 2014

Livro tenta explicar mito em torno de Kurt Cobain, 20 anos após sua morte

Kurt Cobain em foto de 1993
(Foto: AP Photo/Mark J.Terrill)

Há 20 anos, o Nirvana perdia sua voz. No dia 8 de abril de 1994, o líder e vocalista da banda, Kurt Cobain, foi encontrado morto na estufa de sua casa, em Seattle, nos Estados Unidos. Para explicar o fenômeno e mostrar o que aconteceu nas duas últimas décadas no mundo pop, o jornalista Charles Cross lançou ‘Kurt Cobain: a construção do mito’. "Não é mais uma biografia. Ele tenta situar Cobain não só na cena que ele viveu, como o que aconteceu de lá para cá", aponta Tom Leão.

Segundo o o comentarista de cultura do Estúdio i, o líder do Nirvana foi o último grande ídolo do rock. "De lá para cá, não apareceu ninguém parecido com ele. Nem chegou perto", avalia. Dividido em seis partes, o livro analisa a influência da banda em toda uma geração. Cross destaca ainda que a indústria da moda buscou formatar o estilo grunge: casacos que custavam US$ 10 eram replicados por Marc Jacobs por US$ 600.

O Nirvana também impactou a economia. A empresa que fabricava os desodorantes para garotas ‘Teen Spirit’, cujo nome é mencionado no título do maior hit da banda, foi comprada apenas para controle da marca. Até o tênis favorito de Kurt, o All Star, foi influenciado. A Nike comprou a Converse. Em 2006, o líder do Nirvana foi a celebridade morta que mais faturou; segundo a revista ‘Forbes’, foram US$ 50 milhões.

Tom Leão destaca ainda que o livro de Cross conta detalhes do histórico de suicídios na família do vocalista: dois tios se suicidaram e um avô tirou a própria vida diante da família durante um jantar. Associa-se a isso o envolvimento com drogas pesadas, como a heroína. De acordo com os especialistas que Cross ouviu para escrever o livro, Kurt já havia tentado se matar outras vezes e tido algumas overdoses por nunca ter se sentido confortável no papel de ídolo do rock.

Fonte: Globo News

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