Kurt Cobain em foto de 1993 (Foto: AP Photo/Mark J.Terrill) |
Há 20 anos, o Nirvana perdia sua voz. No dia 8 de abril
de 1994, o líder e vocalista da banda, Kurt Cobain, foi
encontrado morto na estufa de sua casa, em Seattle, nos Estados Unidos. Para
explicar o fenômeno e mostrar o que aconteceu nas duas últimas décadas no mundo
pop, o jornalista Charles Cross lançou ‘Kurt Cobain: a construção do mito’.
"Não é mais uma biografia. Ele tenta situar Cobain não só na cena que ele
viveu, como o que aconteceu de lá para cá", aponta Tom Leão.
Segundo o o
comentarista de cultura do Estúdio i, o líder do
Nirvana foi o último grande ídolo do rock. "De lá para cá, não apareceu
ninguém parecido com ele. Nem chegou perto", avalia. Dividido em seis
partes, o livro analisa a influência da banda em toda uma geração. Cross
destaca ainda que a indústria da moda buscou formatar o estilo grunge: casacos
que custavam US$ 10 eram replicados por Marc Jacobs por US$ 600.
O Nirvana
também impactou a economia. A empresa que fabricava os desodorantes para
garotas ‘Teen Spirit’, cujo nome é mencionado no título do maior hit da banda,
foi comprada apenas para controle da marca. Até o tênis favorito de Kurt, o All
Star, foi influenciado. A Nike comprou a Converse. Em 2006, o líder do Nirvana
foi a celebridade morta que mais faturou; segundo a revista ‘Forbes’, foram US$
50 milhões.
Tom Leão
destaca ainda que o livro de Cross conta detalhes do histórico de suicídios na
família do vocalista: dois tios se suicidaram e um avô tirou a própria vida
diante da família durante um jantar. Associa-se a isso o envolvimento com
drogas pesadas, como a heroína. De acordo com os especialistas que Cross ouviu
para escrever o livro, Kurt já havia tentado se matar outras vezes e tido
algumas overdoses por nunca ter se sentido confortável no papel de ídolo do
rock.
Fonte: Globo News
Nenhum comentário:
Postar um comentário