sábado, 31 de agosto de 2013

Autor do Mês: Chico Buarque

                                                                   (Foto: Divulgação) 
                                                      


Olá leitores!

Nesse mês de agosto, o autor escolhido foi Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico Buarque.

Aos 69 anos, esse carioca tem talento para dar e vender! Além de um grande músico da MPB, ele se mostra um excelente escritor e dramaturgo ganhador de vários prêmios, tanto na música, quanto na literatura.

Quando jovem, Chico Buarque cursou dois anos de Arquitetura em São Paulo, mas largou para se dedicar a carreira artística. A partir daí suas obras começaram a encantar milhares de brasileiros que até hoje não se cansam de ouvir ou ler as palavras do talentoso Chico.

Livros:

·         1974 – Fazenda Modelo
·         1975 – Gota d´Água
·         1981 – A Bordo de Rui Barbosa
·         1991 - Estorvo
·         1995 – Benjamim
·         2003 – Budapeste
·         2009 – Leite Derramado

Prêmios literários:

·         Estorvo:
- Prêmio Jabuti de melhor romance em 1992.

·         Budapeste:
- Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura de melhor romance em língua portuguesa publicado entre 2003 e 2004;
Prêmio Jabuti de melhor Livro de Ficção de 2004. 

·         Leite Derramado:
- Prêmio Literário Casa de Las Américas de honra em Narrativa em 2013;
- Prêmio Jabuti de melhor Livro de Ficção de 2010.



“Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz”

Chico Buarque



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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Trilogia Millennium – Stieg Larsson

O jornalista sueco Stieg Larsson surpreendeu ao escrever uma trilogia diferente de tudo o que estamos acostumados a ver no mundo literário. Em uma pesquisa rápida na internet, descobri que a temática presente nos livros deve-se ao fato de Larsson ter presenciado um estupro coletivo de uma jovem quando ele tinha 15 anos. O autor nunca se perdoou por não ter ajudado a garota e passou parte da sua vida combatendo a violência contra as mulheres. A garota em questão se chamava Lisbeth, nome que também foi dado por Larsson à personagem principal da obra. 

A trilogia é composta por Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, A Menina Que Brincava Com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar. Dos três, gostei mais do primeiro por ter uma história completa, com início meio e fim. Quando você termina a leitura se sente satisfeito, agora se você pega o segundo volume para ler e não engata o terceiro na sequência, pode acabar se perdendo no meio da trama. A obra é cheia de mistérios e cada volume apresenta uma série de eventos que precisam ser investigados por uma dupla nada convencional.

Mikael Blomkvist é um cidadão modelo, o tipo de jornalista que a maioria dos estudantes de jornalismo sonha em ser durante a faculdade. Ele é um dos donos da revista Millennium, publicação importante no cenário midiático da Suécia, mas acaba se colocando nas manchetes ainda no primeiro livro, quando vai parar na cadeia após ser processado por um empresário que foi denunciado em uma de suas matérias. Tenho a sensação de que o autor tenta exprimir um pouco de sua personalidade, mesmo que de forma fantasiosa, no personagem de Blomkvist.

A outra personagem, Lisbeth Salander, não é uma mocinha clichê, ela faz mais o tipo heroína. Uma garota com uma inteligência fora do normal, que lutou a vida inteira contra um sistema corrupto que destruiu a sua vida quando era criança, o que a acostumou a ser invisível e, apesar de sua aparência punk, nunca gostou de chamar atenção. Consigo contar nos dedos de uma mão as pessoas que ela consegue confiar e que irão ajudá-la a provar para o mundo que ela foi apenas mais uma vítima nas mãos de funcionários de um governo sujo.

Os livros já foram lidos por milhares de pessoas ao redor do mundo, na Suécia uma entre quatro pessoas leu pelo menos um exemplar da série, ou seja, sucesso garantido! Cineastas suecos começaram a filmar a trilogia em 2009, ainda não assisti, mas já li em alguns sites especializados que são versões muito fiéis. Hollywood também se rendeu à trama e Os Homens Que Não Amavam as Mulheres foi parar nas telonas em 2012, e mesmo com os boatos de que a Sony estaria cogitando gravar a continuação, até o momento não há nada de concreto.

Pesquisei um bocado sobre a vida de Larsson e lá em cima afirmei que tinha a impressão de que Mikael possuía muito da personalidade do autor. Ambos eram jornalistas, donos de uma revista polêmica e de grande importância no contexto social da Suécia e abominavam qualquer tipo de falta de moral no caráter humano. Mas o que mais me fez relacionar criador e criatura foi o fato de Mikael lutar até o fim para salvar a pele de Lisbeth, coisa que Stieg Larsson não conseguiu fazer pela jovem que viu sendo estuprada quando ele era apenas um menino.

O autor faleceu em 2004, aos 50 anos, pouco depois de entregar aos editores a Trilogia Millennium e, apesar de ter recebido várias ameaças extremistas pelo o que ele publicava na revista, a causa da morte foi infarto.

Confira o trailer do filme Os Homens Que Não Amavam as Mulheres!


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Um Homem de Sorte – Nicholas Sparks



Um Homem de Sorte é o tipo de romance que contém todos os elementos capazes de prender o leitor à obra: guerra, destino, um cachorro esperto e, é claro, uma promissora história de amor.

Tudo começa quando Logan Thibault encontra uma fotografia de uma mulher no deserto, na época que ele era fuzileiro naval e estava no Oriente Médio lutando na guerra dos Estados Unidos contra o Iraque. A princípio não notou nada de mais na imagem: a mulher usava uma camisa com a estampa “Garota de Sorte”, tinha uns 20 e poucos anos e era muito bonita. Thibault acreditava que algum de seus colegas do Regimento havia perdido aquela fotografia e até tentou encontrar o dono, mas não obteve êxito.

Não consigo imaginar como deve funcionar a cabeça de um militar em um campo de batalha. Ver a morte de perto não deve ser fácil, talvez por isso alguns criem seus rituais de “boa sorte”. É o que acontece no livro. O melhor amigo de Thibault, Victor, era supersticioso e acreditava que a fotografia estava protegendo o companheiro de farda nos momentos difíceis, fazendo Thibault prometer que nunca a tiraria do bolso. De fato, nos cinco anos em que esteve no Iraque, Thibault viu muitos homens morrer, mas ele não saiu ferido em nenhum dos confrontos.

Sobreviver à guerra fez com que Thibault se sentisse em dívida com a mulher da foto, então, assim que ele voltou para os Estados Unidos decidiu procurá-la. Com os poucos elementos que pode extrair da imagem e a ajuda do tio google, descobriu para onde deveria ir. Sem pensar duas vezes Logan faz as malas e junto com o seu cachorro Zeus seguiu a pé do Colorado até Hampton, na Carolina do Norte. Lá, ele consegue encontrar a mulher da fotografia: Beth. Daí, muitas coisas começam a acontecer.

A história é linda, mas a narrativa é um pouco cansativa. Se você não for persistente e não acreditar no amor de Logan e Elizabeth pode acabar desistindo no meio do caminho. Mas vai por mim, se você gosta do gênero e já leu alguma outra coisa do Sparks, acho difícil se arrepender no final, mesmo com a pegadinha no epílogo!

Nas telonas Logan Thibault é vivido por Zac Efron e Beth é interpretada por Taylor Schilling. Tanto o filme quanto o livro é bom e eu super recomendo!




sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Percy Jackson e Os Olimpianos – Rick Riordan



A maioria de vocês já deve ter ouvido falar em um garoto nova-iorquino que foi acusado, injustamente, de ter roubado o raio mestre de Zeus. O nome dele é Percy Jackson e a sua primeira aventura virou sucesso na tela da Disney, com o filme Percy Jackson e o Ladrão de Raios. O filme é bom, mas quer a minha opinião sincera? A história narrada no livro é muito mais eletrizante.

Confesso que quando ganhei O Ladrão de Raios não achei que a história iria me interessar tanto. Sabe como é, livro de criança, blá blá blá, mas não é que o filho de Poseidon me surpreendeu? Logo em seguida tratei de comprar os volumes restantes. São cinco no total, todos narrados pelo próprio Percy, que junto dos amigos Anabeth e Grover, seguem viagem pelos Estados Unidos para salvar o Monte Olimpo de seus antigos inimigos, os Titãs.

O mais legal é que a cada volume é possível acompanhar o amadurecimento do personagem. Fora as batalhas enfrentadas pelo jovem e seus amigos, ele também tem de encarar uma relação difícil com o pai, a descoberta de um irmão ciclope e um estranho sentimento que começa a surgir em seu peito com o avanço da idade. Percy termina de contar a sua história após enfrentar o maior desafio de sua vida.

Uma série incrível para toda a família ler e reler. 

Veja abaixo a lista dos livros de Percy Jackson e Os Olimpianos:

·         O Ladrão de Raios – 2008
·         O Mar de Monstros – 2009
·         A Maldição do Titã – 2009
·         A Batalha do Labirinto – 2010
·         O Último Olimpiano – 2010

O segundo filme da saga, Percy Jackson e o Mar de Monstros, estreou essa semana. Confira o trailer.



terça-feira, 6 de agosto de 2013

Leite Derramado – Chico Buarque



Leite derramado é aquele tipo de livro que nós folheamos na prateleira da livraria por ser de Chico, mas acabamos decidindo não levar. Pelo menos foi o que aconteceu comigo. Até que um dia peguei um exemplar emprestado de uma colega da faculdade. Não preciso dizer que me arrependi amargamente de não ter dado uma chance ao Chico naquele outro dia.

Vou logo avisando que para acompanhar a história é preciso ser bom da cuca ou então o leitor acabará se perdendo na mente confusa de Eulálio Assumpção. 

Em um leito de hospital, o velho aristocrata começa a reviver toda a história da sua tradicional família em um monólogo dirigido à filha, enfermeiras e a quem quisesse ouvir.

Desde cedo, Eulálio foi acostumado a viver em meio ao luxo e ao conforto proporcionado pelo seu pai, senador da Primeira República. A mãe dele era uma senhora racista e dava importância às questões sociais. Na adolescência, Eulálio conheceu Matilde, a mais mulata das filhas de um político carioca de prestígio, porém opositor ao partido da família Assumpção. Mesmo sem o apoio das famílias, ele e Matilde casaram-se e tiverem uma filha. Matilde era jovem e não gostava de convenções sociais. Gostava do maxixe, samba, seu francês era péssimo e mantinha uma relação amigável com os empregados. Comportamentos inapropriados, na visão do marido ciumento que, no fundo, também era racista, apesar de negar veementemente em seu monólogo.

O suspense fica por conta do sumiço de Matilde, que após dar a luz a pequena Eulália, acabou adoecendo, deixando o marido e a filha sozinhos. Eulálio aborda com insistência e de forma repetitiva a sua paixão pela mulher que nunca conseguiu tirar da memória, apesar da confusão mental que vivenciava ao completar seus 100 anos de vida.

Eulália cresceu um tanto amargurada pela ausência da mãe, casou-se com um empresário italiano que pôs a perder todos os imóveis da família dela. Os dois tiveram um filho, que também se chamava Eulálio, nome passado aos membros da família através das gerações. Eulálio ingressou em um partido comunista para lutar contra a ditadura militar e acabou sumindo no mundo, sendo dado como morto pouco tempo depois, mas deixou um herdeiro, que também recebeu o nome de Eulálio, como mandava a tradição. Esse Eulálio não tinha feições europeias como o pai, o avô e os seus antepassados. Era um menino negro metido a conquistador que acabou morto em um quarto de motel. Antes de morrer, esse Eulálio engravidou uma jovem de família rica, neta de uma das irmãs de Matilde. Assim que o bebê nasceu, foi deixado na porta do velho Eulálio Assumpção, que o criou como filho. Eulalinho costumava roubar as coisas do tataravô e sempre foi muito mimado pela bisavó, Eulália. 

Em meio a tantos Eulálios, mortes e reviravoltas na vida social, o narrador acaba misturando um pouco as histórias até que no final todas elas acabam fazendo sentido, proporcionando ao leitor a visão psicológica de seu protagonista. Trata-se um uma história fictícia, mas que agrega elementos da realidade. O caso da família Assumpção, sem dúvida, não deixa de ser verdadeiro. Pode não ter existido de fato um Eulálio Montenegro d'Assumpção, mas existiram muitas famílias como a dele, tradicionalmente ricas e que com o passar dos anos, e todas as mudanças na máquina brasileira, acabaram perdendo prestígio e dinheiro.

A obra é recomendada a todos aqueles que são verdadeiramente apaixonados por literatura. Chico Buarque soube usar cada palavra de forma sábia e primorosa, dosando os devaneios do velho senil com o que de fato aconteceu na sua vida. Toda a confusão mental de Eulálio, o seu psicológico perturbado e a proximidade da morte demonstraram uma narrativa forte e surpreendente.





sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Resultado da promoção!!!

E o vencedor da promoção foi o leitor Ferreira Neto!

Ele ganhou o livro Diário de uma Paixão do autor do mês, Nicholas Sparks.

Continuem acompanhando Cartapácias e fiquem por dentro das novidades e das futuras promoções.

Link do resultado da promoção: https://apps.facebook.com/sorteie/resultado?id=1i4a

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Promoção!!!



O leitor Walter Pinheiro nos doou um livro para sorteio!

Então, que tal ganhar um exemplar do autor do mês?

Saiba como participar da promoção acessando nossa fanpage: https://www.facebook.com/pages/Cartap%C3%A1cias/508969559187533?ref=hl