Confesso
que quando comecei a ler Morte Súbida, escrito pela nossa queridinha J.K.
Rowling, autora dos sete livros da saga Harry Potter, a sensação de
desapontamento foi inevitável. Resumindo, os primeiros capítulos são monótonos
e retratam como a morte de um membro do conselho distrital de uma cidadezinha no
interior da Inglaterra afetou a vida da comunidade, para o bem ou para o mal. A
leitura se mostrava chata, mas por se tratar de uma autora tão brilhante como Rowling,
segui em frente.
De
repente comecei a me apegar a alguns dos personagens, meio que sem querer, já
que ainda não tinha entendido muito bem o sentido daquela história. Afinal de
contas, o que aquelas pessoinhas desprezíveis tinha a ver com a morte de Barry Fairbrother?
E principalmente, como aquele senhor gorducho, de sorriso fácil, capaz de
arrancar gargalhadas dos cidadãos mais antigos e apáticos de Pagford conseguiu ser tão odiado
por outros em vida?
A
preocupação do sr. Fairbrother com Filds, uma comunidade carente pertencente ao
território de Pagford, e o seu trabalho com as meninas da equipe de remo me
comoveu bastante. Principalmente o seu trato com Krystal Weedon, uma menina
de 16 anos que passou a vida inteira afastada da mãe, que era
usuária de drogas, sem nenhum tipo de instrução ou incentivo, e que agora
luta para manter o irmãozinho Robbie em casa, sadio e em um ambiente
razoavelmente limpo.
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