quarta-feira, 2 de março de 2016

Morte Súbita – J.K. Rowling


Confesso que quando comecei a ler Morte Súbida, escrito pela nossa queridinha J.K. Rowling, autora dos sete livros da saga Harry Potter, a sensação de desapontamento foi inevitável. Resumindo, os primeiros capítulos são monótonos e retratam como a morte de um membro do conselho distrital de uma cidadezinha no interior da Inglaterra afetou a vida da comunidade, para o bem ou para o mal. A leitura se mostrava chata, mas por se tratar de uma autora tão brilhante como Rowling, segui em frente.

De repente comecei a me apegar a alguns dos personagens, meio que sem querer, já que ainda não tinha entendido muito bem o sentido daquela história. Afinal de contas, o que aquelas pessoinhas desprezíveis tinha a ver com a morte de Barry Fairbrother? E principalmente, como aquele senhor gorducho, de sorriso fácil, capaz de arrancar gargalhadas dos cidadãos mais antigos  e apáticos de Pagford conseguiu ser tão odiado por outros em vida?

A preocupação do sr. Fairbrother com Filds, uma comunidade carente pertencente ao território de Pagford, e o seu trabalho com as meninas da equipe de remo me comoveu bastante. Principalmente o seu trato com Krystal Weedon, uma menina de 16 anos que passou a vida inteira afastada da mãe, que era usuária de drogas, sem nenhum tipo de instrução ou incentivo, e que agora luta para manter o irmãozinho Robbie em casa, sadio e em um ambiente razoavelmente limpo.

Não sou de dar spoillers, mas te convido a se aventurar por este livro até as últimas páginas. Com certeza Rowling demonstrou que além de possuir talento para inspirar a imaginação de milhares de crianças e jovens, ela também é capaz de comover, da forma mais reflexiva, o coração duro dos adultos.

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