segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Inferno – Dan Brown



Já faz alguns meses que eu terminei de ler Inferno, mas só agora consegui colocar em palavras a minha opinião sobre o livro. Essa ideia perturbadora, e ao mesmo tempo tão racional deixada nos últimos capítulos da obra, me fez refletir bastante sobre vários aspectos da humanidade.

Há quem não goste, mas eu particularmente admiro muito o trabalho do Dan Brown. Sempre cuidadoso na descrição dos cenários, personagens e símbolos, Brown nos transporta para mais uma das aventuras do professor Robert Langdon, aquele mesmo do Código Da Vinci, Anjos e Demônios e O Símbolo Perdido. 

Vamos a história:

Após acordar em um hospital e não ter a menor ideia do que aconteceu com ele, Robert Langdon começa a ser perseguido por uma mulher misteriosa e um grupo armado que tenta interceptá-lo nas ruas da Itália. Uma verdadeira confusão na qual Langdon não lembra como se meteu. Com a ajuda da jovem médica Sienna Brooks, ele foge e começa a buscar respostas para as lacunas das últimas 36 horas que sumiram de sua sua memória.

A trama está relacionada ao Inferno de Dante Alighieri, da obra A Divina Comédia. Quem já leu o poema sabe que ele exerceu grande influência em poetas, músicos, pintores, cineastas e outros artistas por centenas de anos. Os cantos foram escritos no século XV, e divididos em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Se eu for explicar aqui as particularidades e a proeza da obra de Dante, vamos ficar o dia inteiro discutindo o livro, então recomendo que leiam a Comédia também. Não é tão didático ou fácil de compreender, como na explicação de Dan Brown, mas é importante conhecer e tentar interpretar cada terceto.

O Inferno de Dan Brown resgata alguns valores da Divina Comédia, mas continua seguindo a mesma linha dos outros livros dele, num ritmo frenético e cheio de suspense. Quem curte o estilo do autor não vai se decepcionar com o novo título!


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Will & Will: Um nome, um destino – John Green e David Levithan



Você já esbarrou com algum homônimo seu na rua, tipo, por acaso? Eu já, mas nada se compara as circunstâncias que uniram dois Wills Grayson do estado de Illinois, nos Estados Unidos. Mais uma tacada de mestre do John Green, em parceria com o David Levithan.

A dinâmica do livro funciona assim: cada capítulo é narrado por um Will, e cada Will é escrito por um dos autores. Green é o Will heterossexual, nada popular, mas dono de um senso de humor aguçado. Levithan escreve como o Will homossexual, deprimido e com problemas sérios de autoaceitação. Os dois enfrentam dificuldades típicas do universo adolescente, principalmente quando o assunto é popularidade, mas o Will Grayson de Green acaba se sobressaindo, principalmente por causa de um outro personagem, que destaco aqui como o principal: Tiny Cooper.

Único, irreverente, espetacular... faltam adjetivos para descrever Tiny Cooper. Sem ele esta obra não faria o menor sentido! Ok, exagerei, mas com certeza Tiny é a liga que junta todos os pontos soltos da trama. Ele é descrito como o cara mais gordinho, gigante e indiscutivelmente gay do colégio. É o melhor amigo do Will Grayson hetero, pratica futebol americano (por causa do porte físico), mas a sua grande paixão mesmo é o teatro, especialmente o gênero musical. Inclusive ele escreve um durante a obra, e fica a cargo da nossa imaginação visualizar cada verso, pirueta e caracterização.

"Amor adolescente, intriga, raiva, sofrimento e amizade". Já somos avisados na orelha da capa que as histórias desses meninos vão nos ensinar muito sobre a vida. Vale a pena conferir!