segunda-feira, 22 de julho de 2013

O Menino do Pijama Listrado - John Boyne



Como imaginar que uma obra ambientada na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial poderia ser tão doce e comovente? A narrativa de John Boyne é tão lúdica, que até os adultos conseguem enxergar um período tão triste da história sob a perspectiva infantil de Bruno. Não há guerra, não há holocausto, tudo isso é ofuscado pela inocência de dois meninos de oito anos, nascidos no mesmo dia e no mesmo mês, que constroem fortes laços de amizade mesmo tendo entre si uma cerca.

Bruno é um garoto alemão saudável, cercado de cuidados e do afeto de sua família. Ele, a mãe e a irmã mais velha se veem obrigados a seguir o pai militar, recém-promovido a comandante, até o campo de Auschwitz. No começo a mudança é encarada como martírio pelo menino, mas quando conhece o pequeno judeu Shmuel, vê-se cada vez mais obstinado a não deixar o lugar. É aí que começa a história de uma grade e comovente amizade.

Shmuel não é um garoto tão saudável. Apesar de ser pequeno como Bruno, ele é polonês, judeu, careca, magro e pálido. O menino, e todos os outros indivíduos que vivem do outro lado da cerca, estão sempre vestindo um uniforme listrado. Assim como o amigo alemão, ele também não compreende os efeitos da guerra, e tampouco os motivos que levaram ele e sua família até ali, mas isso não o impede de se encontrar todos os dias para conversar com Bruno e se imaginar fora de “Haja-Vista”, brincando ou explorando algum lugar desconhecido.

Porém, em uma tentativa de encontrar o pai do pequeno judeu, Bruno resolve entrar no campo de concentração e fingir que também era judeu, simplesmente pensando que lá era um bom lugar para se viver e não ocorreria nenhum problema.

Li O Menino do Pijama Listrado em menos de 24 horas e o conservo com todo zelo em minha estante de livros. É uma história linda, emocionante e cativante que mostra a inocência das crianças.



Um comentário:

  1. Ótimo filme e claro, mais ótimo ainda o livro. Indico para todos aqueles que desejam conhecer um ponto de vista diferenciado ( perspectiva infantil) do terror que foi a 2ª grande guerra.

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