O Lado Bom da Vida - Matthew Quick

Confesso que logo de início não me empolguei muito com O lado bom da vida. A narrativa é confusa e demora um pouco até que tudo comece a fazer sentido. Mas, quando você for ler, NÃO DESISTA! No final valerá muito a pena.

A história de Pat começa quando a mãe dele decide tirá-lo do "lugar ruim", que na verdade é uma casa de saúde mental onde ele está internado desde que começou o "tempo separados". A princípio não sabemos ao certo quanto tempo ele permaneceu na clínica nem o porquê. Desde que se separou de Nikky, Pat bloqueou parte de sua memória e perdeu a noção do tempo dentro da casa de saúde. Por esse motivo, e também por querer mostrar à Nikky que mesmo durante o "tempo separados" não deixou de pensar nela e se esforçou para se tornar um homem melhor, ele decidiu escrever um diário.

O mais legal do livro é enxergar a trama através da mente obsessiva de Pat. O fato da história ser narrada por ele revela ainda mais o estado emocional do personagem e a necessidade que ele tem de enxergar o lado bom das coisas. O autor Matthew Quick foi genial nesse sentido, pegou as memórias de um cara mentalmente instável e transformou em um livro bem-humorado. É praticamente impossível não sorrir durante a leitura.

A relação do Pat com a Tiffany também é um show à parte. O fato da nossa mocinha ser tão maluca quanto Pat torna o casal singular. Juro que se houvesse uma versão do livro com a narração da Tiffany eu compraria (aposto que seria um relato cheio de palavrões)! Sem contar que quando eles dançaram Total eclipse of the heart, de Bonnie Tyler, foi sensacional!

O filme rendeu a atriz Jennifer Lawrence o Oscar de Melhor Atriz em 2013 no papel da personagem Tiffany.

Recomendo, e muito, o livro. O lado bom da vida é aquele tipo de história que a gente ri, se emociona e fica na torcida por um final feliz. Me tornei fã nº 1 do Pat Peoples e sua aversão a Kenny G. Gostei tanto do livro que nem acreditei quando acabou, sem dúvida ficou aquele gostinho de quero mais.