Editoras e autores potiguares,
participam de 9 a 13 de outubro da Feira internacional do Livro de Frankfurt,
na Alemanha. O evento é a maior feira de livros do mundo também voltada para
multimídia e comunicação, e esse ano terá o Brasil como país homenageado. Dia
primeiro de outubro, terça feira, os autores e representantes das editoras
Fundação Vingt-un Rosado, Queima Bucha, Sebo Vermelho, Una, Jovens Escribas,
Sarau das Letras, RN Econômico e Manimbu, comparecem ao Salão Nobre do TAM para
audiência com a governadora Rosalba Ciarlini.
Nesta oportunidade será apresentado o folder
bilíngue preparado especialmente para a Feira, contendo foto das obras que
estarão expostas com uma pequena biografia de cada autor. A Fundação Biblioteca
Nacional disponibiliza stand no pavilhão Brasil e o transporte das publicações. Confirmaram
presença os poetas e escritores Diógenes da Cunha Lima, Nelson Patriota e a
Professora Isaura Rosado, que estará em período de férias.
A Feira terá 7.539
expositores distribuídos em dezenas de pavilhões, com 111 países participantes.
Segundo dados da Câmara Brasileira do Livro, a estimativa é de que 290 mil
pessoas visitem a feira.
RN ganha visibilidade com participação em feira
literária
Um livro de pedra com um quilômetro quadrado,
inscrito nos sertões calcários do Apodi há 10 mil anos, é um dos discursos
fundadores da identidade das gentes que hoje passam genericamente por
potiguares. Não é um livro de textos como muitas das editoras do Rio Grande do
Norte apresentam hoje na Feira de Frankfurt. Mas sim, um conjunto de signos –
aves, insetos, mãos – com valor de escrita numa cultura ágrafa.
Esta primeira manifestação da escrita por
símbolos que datam de mais de 9 mil anos, está expressa nos paredões de
calcáreo do Lajedo da Soledade, em Apodi (RN), e se repete em vários outros
sítios arqueológicos do Rio Grande do Norte, como nos Alexandres, em Carnaúba
dos Dantas, e nas muitas pedras letradas do sertão semiárido do Estado. Manifestações
da inteligência dos homens primitivos que nos antecederam, preocupados em
escrever por símbolos a crônica de nossas vidas.
Distante 10 milhões de anos, deste primeiro livro
descrito pela Revista Perigo Iminente, na Feira de Frankfurt ultrapassamos os
relatos de viajantes e cronistas que pontuaram os exotismos das tribos e a
exuberância da paisagem e encontramos as editoras do Rio Grande do Norte que
atenderam ao convite e, sem matriz pré definida, elegeram as obras que se
mostram e nos mostram, enquanto povo e história, cultura e sentimentos de uma
matriz cultural de origem europeia, indígena e africana.
Enfim, sob qualquer ângulo que se olhe, a
literatura norte-rio-grandense exibe hoje um dinamismo que lhe confere uma
identidade própria e singular, em meio à grande variedade de tendências e
características das demais literaturas do Nordeste e do Brasil, garantindo
brilho e prestígio aos seus autores e inspirando novas gerações de escritores,
que, em todas as áreas, revelam novos e vigorosos talentos.
Fonte: Assessoria Secultrn/FJA
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