Você já esbarrou com algum homônimo seu na rua, tipo, por acaso? Eu já, mas
nada se compara as circunstâncias que uniram dois Wills Grayson do estado
de Illinois, nos Estados Unidos.
Mais uma tacada de mestre do John Green, em parceria com o David Levithan.
A dinâmica do livro
funciona assim: cada capítulo é narrado por um Will, e cada Will é escrito por
um dos autores. Green é o Will heterossexual, nada popular, mas dono de um
senso de humor aguçado. Levithan escreve como o Will homossexual, deprimido e
com problemas sérios de autoaceitação. Os dois enfrentam dificuldades típicas
do universo adolescente, principalmente quando o assunto é popularidade, mas o
Will Grayson de Green acaba se sobressaindo, principalmente por causa de um
outro personagem, que destaco aqui como o principal: Tiny Cooper.
Único, irreverente,
espetacular... faltam adjetivos para descrever Tiny Cooper. Sem ele esta obra
não faria o menor sentido! Ok, exagerei, mas com certeza Tiny é a liga que
junta todos os pontos soltos da trama. Ele é descrito como o cara mais
gordinho, gigante e indiscutivelmente gay do colégio. É o melhor amigo do Will
Grayson hetero, pratica futebol americano (por causa do porte físico), mas a
sua grande paixão mesmo é o teatro, especialmente o gênero musical. Inclusive
ele escreve um durante a obra, e fica a cargo da nossa imaginação visualizar
cada verso, pirueta e caracterização.
"Amor adolescente, intriga, raiva, sofrimento e amizade". Já somos avisados na orelha da capa que as histórias desses meninos vão nos ensinar muito sobre a vida. Vale a pena conferir!
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